Quem nunca chegou a tal ponto que achou que enlouqueceria? Mas enlouquecer porque? Todo mundo tem um pouco de louco dentro de si.Muitas vezes escondemos ela dentro de armaduras que não permitem mostrar quem realmente somos, o que realmente pensamos. Antes que eu enlouqueça, mando um pouco da minha insanidade escondida dentro de minha armadura!

sábado, 28 de julho de 2007

O sentimento mais inteligente que já tive


Nos últimos dias tenho pensado bastante no futuro. Não consigo não pensar assim. É meu jeito. Nos últimos dias tenho pensado muito no presente. E por conseqüência no passado. No passado sim. Para mim o maior erro quando duas pessoas tentam viver juntas é a tentativa de esquecer o passado e começar tudo de novo. Isso não existe. Eu não sabia disso. Por isso, talvez tivesse tanto medo de assumir qualquer espécie de sentimento que não fosse prazer próprio. Eu tenho um passado. As pessoas também. E hoje em dia afirmo: Convivo com o teu passado. Conviverás com o meu passado. Isso faz com que consiga ter certeza do que sinto. Isso faz com que eu afirme: Esse é o sentimento mais inteligente que já tive. E melhor ainda, vivo ele.
Não entendo hoje como consigo ficar horas e horas conversando sem vontade de dar um beijo. Hoje também não entendo como consigo beijar horas e horas sem querer falar nada. Tudo bem, eu entendo sim. É maduro. É de gente grande. É um homem e uma mulher. Ou seria uma flor? Que desabrocha. Que quer crescer. Que quer ser algo mais na vida. Que eu quero ter comigo junto na minha vida. A flor que desabrocha. É assim que sinto. E tento colaborar com o que eu posso. E quando não posso fico quietinho. Fico como uma estufa esquentando a flor. Antigamente já seria motivo para crise. Hoje não. É inteligente. E por isso afirmo: Esse é o sentimento mais maduro que já senti na minha vida.
Acredite em mim. Nossas lutas na vida são apenas a tentativa de mudar nosso passado. Não o passado que nós vivemos, mas sim o passado que a gente não quer repetir de outras pessoas. Hoje posso te dizer que já vivi um pouco. Não sou velho. Ainda tenho muito para viver. Mas já errei muito. Cometi erros que abominava nos meus pais. Cometi erros que criticava nos outros. E agora nessa fase da vida posso dizer: Errar me fez viver mais. E me fez ver que ninguém é perfeito pra ninguém. Que ninguém é de ninguém. São duas vidas. Por isso agora posso ter certeza: Esse é o sentimento que eu mais vivi até hoje.
E enfim, não confunda as coisas. Liberdade e independência são coisas completamente diferentes. Hoje vivo independente. Mas as responsabilidades muitas vezes nos tiram a liberdade. A liberdade só consigo sentir quando consigo falar tudo aquilo que penso. E nem sempre as pessoas querem ouvir. Tu me ouve. Tu me entende. Eu te entendo. Isso é felicidade? Não sei. Mas estou muito feliz. E por uma única razão que posso dizer agora: Esse é sentimento mais inteligente que já tive. E graças a Deus. Eu tenho.

quarta-feira, 11 de julho de 2007

O que vem depois


As coisas são tão simples. Cada dia mais isso fica claro para mim. E cada dia mais eu tento complicar. Por simples costume ou por simplesmente não saber como fazer o contrário. Burrice. A vida é tão simples. Simples como um abraço. Simples como um beijo. Simples como a sensação de "é de verdade". Por que eu complico tanto? Deve ser porque não sei o que vem depois. E o que vem depois?

Incrível. O primeiro olhar na noite quente do inverno. O primeiro beijo antes da primeira palavra. Palavras? Aquele momento não era para palavras. Já tinham ido muitas, e muitas ainda viriam. Aquele momento era só sentimento, na essência da palavra. Sentir o cheiro. Sentir os cabelos. Sentir o coração batendo forte. Ou sentindo a boca tremer do nervosísmo. Puro sentimento. Pura verdade. Tão simples. As coisas são simples, não?

A primeira conversa, numa mistura de velhos conhecidos com o olhar de recém-nascidos, que prestavam atenção em tudo. Nos gestos, nos olhares, no jeito de falar, ns caretas, em tudo. E que ao mesmo tempo se misturava com um sentimento único de naturalidade de recém-chegados. Nada atrapalharia. Nada atrapalhou. a noite seguiu. A vida seguiu. A vida segue. E eu com a mesma mania de planejar tudo.


Admito. Não sei como recuperar isso. Sou um pouco sonhador. Sou um pouco racional. E muitas vezes o racional e o sonhador se encontram. E então o sonho se torna projeto. Como eu faço para isso não acontecer? Não sei. Mas eles se encontram volta-e-meia. Não é por maudade. Não quero perder instante algum. Não se tem tanto tempo assim. Quero viver. Me sinto vivo. No pior da depressão não me importaria com a partida. Agora quero viver. E quero cuidar de um coração, como prometi no começo.

E assim se encerrou o primeiro capítulo. E assim está começando o segundo. Quantos livros terá este livro? Não parei para pensar ainda. Também não vejo o fim. Não quero perder tempo pensando nisso. Não se tem tanto tempo assim. Só sei que o primeiro acabou como eu sonhei, não como planejei. Estava no script. Só que não tinha lido antes. Ainda bem. A vida nos obriga a viver com as surpresas. Se todas fossem boas como esta. Me sinto vivo. Quero escrever vários capítulos. Até aonde não sei. Várias páginas em branco. A tinta e a caneta. A poesia e a sabedoria. As coisas são tão simples. Ainda bem.