Quem nunca chegou a tal ponto que achou que enlouqueceria? Mas enlouquecer porque? Todo mundo tem um pouco de louco dentro de si.Muitas vezes escondemos ela dentro de armaduras que não permitem mostrar quem realmente somos, o que realmente pensamos. Antes que eu enlouqueça, mando um pouco da minha insanidade escondida dentro de minha armadura!

quarta-feira, 11 de julho de 2007

O que vem depois


As coisas são tão simples. Cada dia mais isso fica claro para mim. E cada dia mais eu tento complicar. Por simples costume ou por simplesmente não saber como fazer o contrário. Burrice. A vida é tão simples. Simples como um abraço. Simples como um beijo. Simples como a sensação de "é de verdade". Por que eu complico tanto? Deve ser porque não sei o que vem depois. E o que vem depois?

Incrível. O primeiro olhar na noite quente do inverno. O primeiro beijo antes da primeira palavra. Palavras? Aquele momento não era para palavras. Já tinham ido muitas, e muitas ainda viriam. Aquele momento era só sentimento, na essência da palavra. Sentir o cheiro. Sentir os cabelos. Sentir o coração batendo forte. Ou sentindo a boca tremer do nervosísmo. Puro sentimento. Pura verdade. Tão simples. As coisas são simples, não?

A primeira conversa, numa mistura de velhos conhecidos com o olhar de recém-nascidos, que prestavam atenção em tudo. Nos gestos, nos olhares, no jeito de falar, ns caretas, em tudo. E que ao mesmo tempo se misturava com um sentimento único de naturalidade de recém-chegados. Nada atrapalharia. Nada atrapalhou. a noite seguiu. A vida seguiu. A vida segue. E eu com a mesma mania de planejar tudo.


Admito. Não sei como recuperar isso. Sou um pouco sonhador. Sou um pouco racional. E muitas vezes o racional e o sonhador se encontram. E então o sonho se torna projeto. Como eu faço para isso não acontecer? Não sei. Mas eles se encontram volta-e-meia. Não é por maudade. Não quero perder instante algum. Não se tem tanto tempo assim. Quero viver. Me sinto vivo. No pior da depressão não me importaria com a partida. Agora quero viver. E quero cuidar de um coração, como prometi no começo.

E assim se encerrou o primeiro capítulo. E assim está começando o segundo. Quantos livros terá este livro? Não parei para pensar ainda. Também não vejo o fim. Não quero perder tempo pensando nisso. Não se tem tanto tempo assim. Só sei que o primeiro acabou como eu sonhei, não como planejei. Estava no script. Só que não tinha lido antes. Ainda bem. A vida nos obriga a viver com as surpresas. Se todas fossem boas como esta. Me sinto vivo. Quero escrever vários capítulos. Até aonde não sei. Várias páginas em branco. A tinta e a caneta. A poesia e a sabedoria. As coisas são tão simples. Ainda bem.

Um comentário:

Marcelo Prata disse...

Fala Xalassa! De sonhador todos temos um pouco! Boas Palavras!
Abraço