Quem nunca chegou a tal ponto que achou que enlouqueceria? Mas enlouquecer porque? Todo mundo tem um pouco de louco dentro de si.Muitas vezes escondemos ela dentro de armaduras que não permitem mostrar quem realmente somos, o que realmente pensamos. Antes que eu enlouqueça, mando um pouco da minha insanidade escondida dentro de minha armadura!

sexta-feira, 31 de agosto de 2007

É bem coisa mesmo

É bem coisa de quem é louco esperar 30 dias um encontro que podia dar em nada. É bem coisa de louco no primeiro encontro pedir em casamento. Mas é mais coisa de louco aceitar. E a loucura rege nossa vida. E a loucura faz pessoas felizes, e faz pessoas ficarem apreensivas. É bem coisa de louco dizer que ama. Eu não sabia fazer isso antes. Agora aprendi.
É bem coisa de guria levar horas para se arrumar. É bem coisa de guri se arrumar em 5 minutos, e se achar legal com a roupa que veste todo dia, porque pra ele aquilo tá bom. É bem coisa de guria gostar de apelidinhos. É bem coisa de guri não se preocupar muito com isso. É bem coisa de guria amar bichinhos e cor de rosa. É bem coisa de guri ficar horas achando alguma coisa para dar de presente, e achar algo nada a ver com ela, mas que faça lembrar dele sempre que vê.
É bem coisa de lunático, fantasiar situações, frases, as brigas e as reconciliações dentro da cabeça em menos de 5 minutos e quando o telefone toca diz "Oi amor, tava com saudade", mesmo que 5 minutos atrás estivesse falando na internet. É bem coisa de lunático ler as coisas com atenção impar, e ignorar os erros de português com amor sem igual. E o amor rege a nossa vida. E isso sim, é bem coisa de quem se ama.
É bem coisa de quem se ama ficar falando 20 minutos no telefone e 2 minutos depois mandar mensagem. É bem coisa de quem se ama ligar 7 da manhã só pra dar bom dia, e dizer que foi bom passar a noite juntos, mesmo em cidades diferentes. É bem coisa de quem se ama chegar em casa de noite e num suspiro cantar o nome do seu amor. É bem coisa de quem se ama fechar os olhos quando fala ao telefone, e colocá-lo no viva voz pra parecer que tá do lado. É bem coisa de quem se ama dizer quando atende o telefone"oi amor" e quando desliga "saudades, me espera". Mas bem coisa de quem ama mesmo é assumir que sente tudo isso como presente de aniversário. E dizer que esse amor é sem igual até hoje na minha vida. É bem coisa de quem se ama ser irracional, mas é bem coisa do nosso amor ser racional ao mesmo tempo. É bem coisa minha escrever isso aqui:Parabéns.Te amo.

sábado, 25 de agosto de 2007

Como Albert diria


Tudo é relativo. Albert já diria isso. E olhem que Albert era físico. Algum filosofo também falou. Mas estes vivem dos pensamentos. Albert é físico. E o contato físico tem feito bastante falta. Mas tudo é relativo. E o que sinto não é só físico. É muito maior que isso. É corpo, alma e coração. Meu corpo sente falta. Minha alma não fala, ela sente. E sente que quando duas almas se aproximam muito quando o coração ama. E que mesmo os gostos dos corpos não sejam os mesmos. Os corações tem o mesmo ideal.
Albert era gênio mesmo. Sabia que tudo era relativo. Mas será que ele conseguia colocar a relatividade na vida dele o tempo inteiro? Tudo bem, a relatividade dele não devia ter nada a ver com relação nenhuma. Mas agora eu trago ela pra minha vida. E na minha vida, essas coisas são relativas. Tem pessoas do meu lado que não estão fisicamente comigo. Mas estão tão presentes na minha vida que me pergunto se não estão realmente aqui. E acredito que estejam. E tudo é relativo.
E quando os corpos se reencontrarem? O que será de nós? É apenas o encontro pleno. Das três fases. O coração, o corpo e a alma. E que a entrega seja de corpo e alma. Como um dia se quis em alguma canção. Como algum dia todo mundo sonhou pra si. Um amor que seja de corpo e alma. Mas a maioria das pessoas se contenta apenas com o corpo. E quando isso acaba, acabou. Que seja de corpo e alma. E isso não é relativo. Isso é felicidade. Isso é amor. E a relatividade do amor eu desvendo cada dia mais.
E como diria Charlie, muita gente tem forma mas não tem conteúdo. E nosso amor tem muito conteúdo. E como diria eu ontem de noite, o que vem fácil, vai fácil. E como diria algum gênio em algum bar da cidade, amor a distância nunca dá certo. Distância? Bobagem de alguém que nunca amou assim. E como diria Albert, tudo é relativo. Menos a certeza do que sinto. E que cada dia aumenta mais e mais. Relativo. Está do meu lado. Sinto. E o físico que me contou.

sexta-feira, 17 de agosto de 2007

A fragilidade dos sonhos


E nessas horas eu penso quem realmente sou. E nessas horas que fico pensando porque tudo parecer tão lento. Nessas horas que peço pro brinquedo acabar, que falo pro tempo: "Será que vou ter tudo isso de volta?" Nessas horas que eu vejo que os sonhos são tão frágeis. E depois me pergunto: "Será que eu não sonho de mais?" Não adianta. Eu não vivo apenas dos sonhos. E eu não nasci pra assistir a vida pela janela e esperar que alguém decida por mim. Tenho que atuar. Sei esperar. Mas tenho que fazer algo para que o tempo não seja assim tão impiedoso. Os sonhos são frágeis. Como uma pena. É uma pena, tenho sonhado de mais. Dêem um grito: VOLTA PRA TERRA. Assim quem sabe eu consiga realizar a vida.
E quando todo mundo me dá apoio, eu luto. Quando ninguém me dá apoio, eu luto sozinho, nunca tive medo da luta. Mas acho que estou apanhando de mais. Penso que talvez não valha tanto apena essas sicatrizes. A razão da força segue. E seguem me dando força. Mas quanto mais o tempo passa e menos consigo fazer, mais eu procuro uma força que não sei de onde tirar. já gastei muito dela pensando no que fazer. Já gastei o resto todo fazendo. E acabei com o amargo gosto de ter gasto toda minha energia para resultado nenhum. Eu não sei ser passageiro. Tenho que guiar. E tenho que parar de sonhar um pouquinho também. Por que até meus sonhos tem me tirado o sono.
E quando a verdade dói no coração. Quando a saudade dói, quando a sensação do que parecia ser realidade fugindo dói. É quando percebo que não consigo ficar alheio ao que sinto. Que por mais que eu me prometa que não vou dar bola, sei que não consigo ficar sentado esperando que o futuro se decida. Tenho um coração no peito. Tenho sangue nas veias. Tenho vontades e metas. Tenho muitas metas. Tenho muitos sonhos. E talvez esse seja o grande problema. Tenho muitos sonhos. Eu sonho de mais. Nunca achei que isso pudesse me fazer mal. Mas agora está. Por que estou sentindo um sonho se escapando. Por que estou percebendo o quanto os sonhos são frágeis. O quanto eu não sou sou tão forte assim. O quanto a vida é dura. E o quanto é difícil estar tão perto da hora de dizer: Eu perdi. Ainda não me declarei derrotado. Mas estou cada dia mais me aproximando do algóz. Não me declarei derrotado. Mas estou com força do agonizante. Estou ansioso. E pensando: Sonho de mais.

segunda-feira, 13 de agosto de 2007

Rascunhos da ontem de noite


São 10:15 da noite do sábado. No meu quarto, uma bagunça resultante da tentativa de organizar. O barulho dos outros quartos atrapalha minha leitura. O barulho dos outros quartos também afasta um pouco o sono. A sensação de distância e saudade parece maior pelo fato de não me sentir em casa aqui. São 10:16 da noite de sábado. Mesmo com todo esse cenário amanhã é dia dos pais.

Confesso, não era assim que sonhava o meu primeiro dia dos pais do outro lado da história. A cama de casal se transformou na desconfortável cama de madeira do hotel. O som da TV ligada ao fundo é a única coisa que pode parecer com o sonho. Mesmo no meio de tantas pessoas, a única pessoa que realmente queria ver nesse dia não verei. A não ser pelas fotos do telefone. A não ser pelas fotos no computador.

Nunca fui tão ligado assim a datas comemorativas. Sempre passei o dia dos pais com meus pais e o das mães com minha mãe. Nunca pensei que meu primeiro dia dos pais do outro lado da história ia ser longe do meu pai e do meu filho. E são 10:22 da noite de sábado. O único pedido que fiz hoje foi que o próximo não seja assim. Nem o próximo dia e nem o próximo filho. Que eu consiga acompanhar ele crescer como não consigo acompanhá-lo agora. Espero que um dia me entenda por tudo que acontece atualmente Que um dia com minha família, a que criou e a que se formará, consiga passar esse domingo tão cheio de nostalgia e amizade juntos. Todos. Não desejo essa solidão para ninguém.

E são 10:25 da noite de sábado. A música que toca no lado me distrai por um instante, mesmo eu nem gostando. E tudo isso é o que consigo fazer. Pensar num jeito de como me distrair amanhã. como passarei esse dia. Não sei E talvez ninguém consiga me responder com antecedência. E agora, às 10:30 da noite da véspera do primeiro dia dos paos do outro lado da história, longe do meu pai, do meu vô-pai e do meu filho, eu vou tentar dormir, mesmo que a cabeça não descanse, mesmo que o sono demore um pouco, eu vou apagar a luz e pedir: Que ano que vem não seja assim, nem para mim, nem para meu pai e nem para o meu filho.

sexta-feira, 10 de agosto de 2007

Me dá a mão?


Ando muito. A cidade inteira. E nada. Passo por tantas ruas que até agora não me disseram nada. Enquanto isso a vida vai passando. O mundo vai girando. O foco vai se perdendo e muitas coisas acabam perdendo o sentido. Essas ruas que eu passo. São difíceis atravessar. Às vezes da uma vontade de não tentar chegar ao outro lado. E isso parece tão forte às vezes. Mas e daí? Tenho tanta gente me esperando do outro lado da rua. Não atravessar pode significar fazer tanta gente triste. E eu como uma criança peço: Me dá a mão? E não tem mão nenhuma. Mas tem teu coração. E o coração de tantas pessoas que querem que eu chegue do outro lado. Isso me dá força.

Ando muito. As pernas estão cansando. De mansinho eu vou sentindo um cansaço. E as pernas vão pesando. O peso que já perdi caminhando parece ter ido todo para as pernas. E isso faz com que atravessar a rua fique cada vez mais difícil. Tantos carros e tanta gente ao mesmo tempo que parecem não querer deixar eu chegar do outro lado. E a tua mão que eu não sinto na carne mas sinto na alma tentando me ajudar a conseguir atravessar isso é a única alegria da minha vida.

Tenho falado muito. Sozinho. Com Deus. Com minha consciência. Com minha razão. Com meu coração. E todo esse esforço, toda essa luta, fazem com que no fim do dia quase não tenha forças p'ra falar. Que a falta da minha voz é na verdade a hora que o coração tá reabastecendo a energia com a tua voz. Com o teu amor. Que é como o meu. Que tuas palavras são a mão que eu tanto peço para atravessar a rua. E a gente desliga o telefone. E eu durmo. Com a cabeça pesada. Com o coração na mão. Com o teu coração no meu. Com sono. Cansado. Essa procura tá me cansando de mais. E eu só peço p'ra ti mais um pouquinho: Me dá a mão? Isso passa.. é só por enquanto. E durmo. Sem saber se vou conseguir atravessar a rua, mas com a certeza que não estou sozinho. Me dá a mão? Não, te dou meu coração e minha dedicação. E a gente vai passar por isso. Me dá a mão? E eu durmo. E os carros seguem passando, mas luto, em mim eles não hão de tocar...Me dá a mão?

terça-feira, 7 de agosto de 2007

O teu relógio não pára


E a gente segue feliz. E nós estamos distante. E quando menos esperar, estarei de volta. O teu relógio não pára. E a distância não me faz bem, mas me faz feliz saber que mesmo de longe posso contar contigo. Mas o teu relógio não pára. E o meu coração em alguns momentos parece que vai parar de tanta saudade. Mas não, e tenho que seguir minha vida, por que meu relógio também não pára, mas está andando tão devagar.

E a gente segue se amando. E você vai me esperar? E eu sigo forte. A correria do teu trabalho não pára, mas às vezes parece ser tão secundário. O meu desespero para conseguir um emprego é tão estressante, mas parece tão banal quando antes de dormir o meu telefone toca e ouço tua voz. "Te amo", e eu cansado, só consigo responder também. Mas meu coração se enche de força para o amanhã, que agora é hoje, e aí eu percebo: O nosso relógio não pára, e isso me faz saber que hoje falta menos que ontem, e novamente chovo no molhado.

E se teu relógio não pára, se minha vida segue correndo, como estaremos quando do novo encontro? Diferentes. Muito. As pessoas não param, e nós, não sei por que mudamos tão rápido. Isso é bom. Estamos crescendo rápido. E estamos crescendo juntos. E quando eu deito e penso em largar tudo lembro das palavras: "Vou gostar de ti de qualquer jeito, quero o todo", e me acalmo. Durmo feliz? Não, às vezes até choro um pouco para aliviar, mas durmo mais confiante.

Não. Não quero que teu relógio pare, quero apenas que ele ande junto com o meu. E sempre seremos dois relógios. Que às vezes um pode andar mais rápido que o outro, ou um mais cansado. Mas um tá do lado do outro para trocar a pilha. Para não deixar cair. O humor, o amor, a saudade e a verdade. A nossa verdade. A nossa saudade é de verdade. Nosso amor também. E uma certeza simples: O teu relógio não pára, e eu acompanho ele, por que o teu também acompanha o meu, e assim seguimos...

sexta-feira, 3 de agosto de 2007

Agosto do cachorro louco


As brigas com o tempo não parecem acabar nunca. Para ninguém. E quando abri os olhos, já era agosto. Já era hora de voltar. Agosto sim. O mês do cachorro louco. O mês que começa com o aniversário do meu pai e acaba com o aniversário da esperança no futuro. Essa esperança que quase fez com que não voltasse. Mas também, por essa esperança que voltei. Por essa esperança, pelo futuro e por mim. E já é agosto. Quando comecei tudo isso tinha claro na minha mente que chegaria esta hora. Não sabia que era tão difícil. Também não sabia que eu era tão forte. Quando brincava dizendo "o verão tá aí", não sabia que esse primeiro dia seria tão difícil.

O tempo já fez com que desistisse de muitas coisas. O tempo já fez que muitos planos enferrujassem jogado no sol e que muitos outros ficassem amarelados numa estante guardado no fundo do meu coração e do meu cérebro. Este plano não. Este está vivo como um cachorro que é tratado com todo carinho. Não sei quem enlouquece primeiro. Eu ou o cachorro. As histórias incríveis que tenho contado pro meu perigam fazer com que ele fique louco de vez. Não só em agosto. Até por que esse agosto está só começando. Tem outro ainda, o último. Depois difícil será conter minha loucura. Não sabia que era tão forte. Foi o sono mal dormido no sofá. Eu e minha jaqueta laranja. Eu e meu cachorro de laranja. Louco é quem conversa com cachorro? Não sei. Mas esse ainda é o mês dele.

Falando em mês. Quando agosto acabar, ou quando setembro começar, estarei pronto para tomar uma decisão importantíssima. Se viverei a vida feliz, ou se ficarei conversando por mais algum tempo com meu cachorro. Isso parece papo de louco. E meu nome não é osso para estar na boca de cachorro. O cheiro do teu perfume no meu cachorro me fez dormir feliz. Me fez acordar bem. Respirei fundo nele e parti para o dia. Um novo dia. Uma nova manhã. Um novo desafio. A vida é feita deles. E nós só conseguimos saber se somos realmente capazes se no final deles olhar e dizer: Foi difícil, mas conseguimos. Espero um dia repetir isso aqui. Para ser mais exato daqui 16 meses. Isso demora? Mais um agosto e pouco. Quando este agosto acabar estarei contigo. Contigo e com o meu cachorro. Louco? Eu mais que ele. Louco a ponto de chamar o tempo que falta de agosto. A gosto? Não, a contra-gosto. Mas isso faz com que sejamos fortes. E eu, sinceramente, não sabia que era tão louco por ti assim.