Quem nunca chegou a tal ponto que achou que enlouqueceria? Mas enlouquecer porque? Todo mundo tem um pouco de louco dentro de si.Muitas vezes escondemos ela dentro de armaduras que não permitem mostrar quem realmente somos, o que realmente pensamos. Antes que eu enlouqueça, mando um pouco da minha insanidade escondida dentro de minha armadura!

terça-feira, 25 de março de 2008

Tá ficando sem graça!


A páscoa passou, o fim de semana também. Foi tão legal quanto rápido. Mas depois de toda essa loucura que foi o feriadão, começo a pensar que ficou sem graça. Que a loucura da correria do dia-a-dia nem sempre é suficiente. Que as horas na internet conversando já nem são tão legais... simplesmente.. ficou sem graça!

Ficou sem graça acordar no meio da madrugada e não ter ninguém do lado. Não ter pra quem ficar olhando feito um bobo (ou feito um louco?) aquele rosto lindo e se perguntando o que será de tão bom na vida que eu fiz pra merecer um presente tão bonito assim. Ficou extremente sem graça.

Se tornou completamente monótono chegar em casa ao meio-dia e ao invés do sorriso lindo me esperando pra almoçar encontrar uma mesa vázia e uma televisão que num esforço único tenta me convencer que é companhia. Até minha comida sem sal se torno mais sem gosto do que sempre foi.

Acordar de manhã ficou muito mais difícil sem ninguém pra dizer que tem que estar às 8 em tal lugar, ou que está morrendo de fome e que quer tomar café. Sair de casa pelo caminho de sempre se tornou tão normal sozinho. Bom mesmo é quando alguém repara até no cheiro das jasmins na calçada, que pra mim antes não passava de um cheiro artificial no papel higiênico.

Como foi nossa separação? Não foi. Isso tudo faz parte de um processo. De um momento da vida que insiste em nos obrigar a ficar longe. Longe? Perto. Muito perto. Perto a ponto de na hora que apago a luz de noite consigo sentir do meu lado. E tudo isso é simplismente uma preparação para o que vem. Ou ao que queremos que venha. Que venha. Que seja. Que é. E o que é? Felicidade.

quarta-feira, 19 de março de 2008

Eu fiz aniversário!







Eu fiz aniversário e o verão já está acabando. Essas duas orações que teoricamente não formariam uma frase coerente, praticamente representam tudo que eu sinto hoje. Não gosto de frases chavões, logo dizer que eu estava completando mais uma primavera é um erro gravíssimo. Afinal, eu faço aniversário no fim do verão. E o verão, este sim, deixa saudade.



Nunca fui do tipo atlético que acorda às 6 da manhã pra correr na beira da praia. Mas nunca recusei ficar olhando pro mar com cara de bobo vendo aquela imensidão de água, aquela paisagem. O mar que no aniversário passado parecia ser o único que me entendia. O mar que um dia me ensinou que quando se quer brincar do que não sabe se corre um risco muito grande. E eu sempre tive medo dessas conseqüências. Mas algumas vezes o mar é implacável. E quando ele não é, você olha pra cima, respira fundo e diz: Graças a Deus, essa tempestade passou.



E esse foi o maior ensinamento que eu tirei deste meu aniversário: nunca pense que um verão será o último. De últimos verões eu acho que já contei uns 5. E ele sempre volta. E eu sempre faço aniversário. E nesse ano descobri que bem mais que aproveitar o verão, o melhor é vive-lo. E iguais a esse eu quero muitos ainda. E os verões vão passando. E os meus aniversários também. Como diz meu irmão: Mas tu tá ficando velho! Acho que envelheci um pouco sim. Mas amadureci muito mais.



Isso tudo pode até parecer um bando de palavras soltas, perdidas, sem nexo. Mas acreditem, se trata da mais pura singelidade de alguém que se vê livre de fantasmas. A mais pura alegria de quem luta para dar um futuro as pessoas que ama. Na verdade, isso é um pedido de desculpas pela falta de paciência que volta e meia insiste em aparecer. De verdade, isso é só um pedido ao tempo: Me deixe viver mais 1000 verões. E de preferência como esse. E que eu aprenda da próxima vez que o maior mal que o mar faz é na cabeça da gente. E só pra terminar bem: Eu fiz aniversário, e completei mais um verão. Perfeito?Ainda acho que não existe. No meu ponto. Simples assim.

sábado, 15 de março de 2008

Vem...


Vem logo pra cá meu amor..

Vem dormir no meu peito..

Acordar no meu calor...

Vem descansar no meu colo..

Viajar na minha voz..

Vem que eu te amo..

Vem que o mundo é sé nosso..

E o nosso quarto será mais que nosso mundo...

nossa cama será nosso ninho...

Vem..

Que eu te protejo...

E te beijo...

E te tiro a roupa...

E te aqueço..

Vem...

Vem logo...

Vem que no teu cansaço eu faço silêncio...

E no teu abraço eu falo tudo que eu quiser..

Vem..

Simplismente porque te amo!!!

quinta-feira, 13 de março de 2008

Só porque tu insistiu


Ando numa estagnada correria. Tem dias que faço tanta coisa que não sobra tempo pra nada. Tem dias que fico tão parado que quando vi o dia já passou. Mas de saldo disso tudo a semana esta parecendo cada vez maior. Não que isso às vezes seja bom. Mas na atual fase só me ajuda na gastrite. Mas só porque tu insistiu muito eu estou escrevendo.

Só pela tua insistência também, eu já deixei de ser metade daquilo que eu era. E acreditem, ainda sou a mesma coisa. Só por insistires muito que falo sempre a verdade. E só por isso também que não consigo agir de outra forma que não seja assim, jogando limpo. Só pela tua insistência que eu comprei um desodorante, e só porque insistisses tanto assim que eu comprei chocolate pra páscoa.

E quando eu penso em todas as vezes que eu fiquei brabo, ainda assim me lembro das vezes que tu insistiu pra mim não te ver depois do serviço. E será que depois de tudo ainda é possível não se ver depois do trabalho? Se insistires um pouquinho talvez eu te busque pra tomar um sorvete ou comprar uma roupa nova, motivo pelo qual tenho que arranjar cinco empregos.

Mas na minha verdade, mesmo que não insistisse, eu faria tudo isso da mesma forma. E faço muito mais. E pela tua insistência que ainda não desisti. E como diria Herbert ,"...ela é só uma menina...". E como pode, sem falar nada insistir dessa forma. Sem uma palavra, insisti em ficar no pensamento. Como isso? Muito simples. Pelo mero fato de ainda insistir em mim. E olha que eu nem erro tanto assim. Mas eu insisto. Pra sempre é pra sempre. Se existe? Tu insiste em ser diferente. E eu insisto nas mesmas palavras. Não gostou? Azar. Afinal, só escrevi porque tu insistiu.

quarta-feira, 5 de março de 2008

Dizem por aqui


Quando eu acordei domingo de manhã, tinha no coração uma dúvida cruel e cretina sobre o que eu estaria fazendo na segunda. Na verdade, eu nem queria que o domingo acabasse. Na verdade, não queria nem que ele começasse. Mas ele começou. Ele acabou. E na segunda-feira eu tive que acordar cedo. Não que eu tivesse tanta vontade assim de acordar, mas é que dizem que é preciso. É o que dizem por aí. E é o que dizem por aqui também. E olha, aqui dizem-se muitas coisas. Mas a coisa que eu mais queria ouvir, eu ouvi no domingo mesmo.
Dizem por aqui que eu ando melhor. Que meu cabelo cortado inspira até mais confiança. Dizem por aqui que o cheiro da tinta branca da minha casa vai passar logo, mas dizem também que quanto mais eu pensar nisso, mais forte o cheiro vai ficar. Dizem por aqui que eu vou ter que estudar como nunca por aqui. O que eles não sabem é que eu só funciono assim. No limite.
Se comenta também por aqui que quanto mais eu pensar em estudo, menos eu vou trabalhar. Dizem por aqui que eu estou com muita saudade de casa. Mas dizem o que nem sabem. Pois eu estou louco de saudade. Alguns se arriscam até a dizer que eu não vou aguentar. Mal imaginam eles que a saudade perto da vontade não é nada. E que a vontade ao lado do amor é simplesmente o que move minha vida. Muitas vezes eu penso de mais nas coisas. Só que nada do que eu pensar vai adiantar se eu não tiver vontade. E eu tenho. Muita. E luto. E brigo. E espero. E sei que isso tem volta... Não importa muito o que os outros dizem por aí ou por aqui. Importa mesmo o que diz dentro do peito. Importa o que diz dentro da alma. E esses dizem que não há nada que possa fazer mais feliz do que a certeza da vitória. E hoje, é só essa voz que eu escuto. O que dizem por aqui ou aí tanto faz, esse povo fala de mais.

sábado, 1 de março de 2008

Pra quê?

E nós seguimos pregando peças no destino. Destino esse que os outros insistem em querer pôr em xeque. Mas destino esse que sabemos que é construido por nós mesmo. Destino esse que guarda no nosso coração a maior vontade de estar juntos e que no coração simplesmente não vê diferença de crenças e crendices.

E é nessas horas que me pego pensando nisso tudo, que me pergunto pra quê?. "Pra quê?" , com o perdão do assassinato linguístico, pode nos ajudar muito a entender as duvidas dos outros sobre nosso destino.

Pra que eu leria emails e mensagens antigas se eu posso passar a noite inteira lendo as nossas mensagens, que me trazem muito mais alegria. Pra que nós devemos seguir um modelo pré-estipulado de como é estar juntos, se é tão mais divertido inventar a cada semana uma forma nova de amar.

Pra que ser tão igual, se na verdade o melhor de nós é quando nos encontramos nas diferenças e simplesmente rimos quando as azeitonas ficam no canto dos dois pratos. Pra que ser tão fiéis a idéias prontas quando cada um acaba passando por cima de antigas formas de pensar, só pra tentar ser feliz. Pra que escrever tanto, se tudo que a gente precisa é deitar para assistir televisão juntinhos. Pra quê?

Talvez isso explique tanta coisa sobre sentimento. Possivelmente isso não signifique nada para quem nunca teve que desafiar o mundo e a si mesmo por causa de alguém. E quem não sabe o que é isso, talvez nunca tenha força suficiente para ensinar seus filhos o que é amar. E acredito realmente que aqueles que conseguem passar por tudo isso ainda conseguiram ficar velhinhos na mesma casa. E eu falo em mesma casa e você me pergunta: "Pra quê?".