Quem nunca chegou a tal ponto que achou que enlouqueceria? Mas enlouquecer porque? Todo mundo tem um pouco de louco dentro de si.Muitas vezes escondemos ela dentro de armaduras que não permitem mostrar quem realmente somos, o que realmente pensamos. Antes que eu enlouqueça, mando um pouco da minha insanidade escondida dentro de minha armadura!

sábado, 30 de junho de 2007

O que eu estava fazendo?


Falta pouco, muito pouco. Ontem pensava o que faria amanhã. Hoje, penso no como foi bom chegar até aqui, e que o amanhã será apenas resultado de nosso esforço para suportar todos infortunos da distância. Ontem, fazia tempestade ao pensar no como eu reagiria quando tivesse que voltar. Hoje, penso que tudo está tão bom e tão feliz que não vale a pena perder tempo com isso. "Preocupação só esmaga nossos pensamentos bons".


Aprendi. Não aprendi a conviver com as dúvidas. Sou burro por isso? Talvez. Mas elas ainda estão presentes. Porém, nem tudo que está presente quer dizer que está incomodando. Administrei. Botei a bola no chão. Coloquei a cabeça na água fria. Mergulhei de cabeça. Na água e na gente. Tenho medo de me afogar. Não tenho medo do estar aí. Tenho medo do não estar. Estou indo, espere. É só contar. Já contamos tanto, um pro outro a nossa vida. Assim estamos nos conhecendo. E assim estamos esperando. Contando dias.


Não tenho muito que dizer. Só que esperar. Tudo já foi dito. Agora precisa ser agido. Vou passar o fim de semana arrumando as coisas para a viagem e para a mudança. Isso vai render alguma coisa segunda. Isso vai render alguma música para a banda. Espero que essa expectativa renda muita alegria. Por que já é. Só falta saber o que. E isso vamos ter que resolver sem o Silvio Santos. Só um olhar. E o que fazer?


Cinco é pouco. É uma mão cheia. Quando a gente conversar de novo já serão dois. E agora? O que eu estava fazendo? Não lembro. Só espero. Ando te respirando. Meu sono voltou. Um dia pelo menos. Espero que seja por cinco. Espero os cinco. Não sei esperar, mas estou aprendendo a viver. E esperar faz parte da vida. A poesia e a sabedoria. O que será desse encontro? Não sei. Faísca? Fogo? fumaça? Cinzas? Não sei. Me ensinasse a esperar. Me espera? Falta tão pouco.

terça-feira, 26 de junho de 2007

Os irmãos que a vida nos dá


Hoje eu queria brincar que o dia estava triste. Logo pela manhã meu dia ficou realmente triste. Mesmo estudando jornalismo, às vezes ainda duvido que notícias antigas tenham capacidade de abalar. Essa teve. Meio por boatos, meio por fofoca, mas verdade. Meu dia começou triste por uma notícia já passado. Parecia até mentira. O amigo que nos faz sorrir está um pouco mais triste. E é pra ele que eu escrevo hoje. Com o maior sentimento de dor que um irmão pode ter. irmão que a vida fez. Não de sangue. O sangue é a tristeza dele.
Com os irmãos que a vida nos dá, também brigamos. Muito. Ou apenas uma. Mas que foi mais difícil que qualquer outra briga tola. Mas falemos das coisas boas. Das risadas por sua gagueira, ou pelas suas piadas capciosas. Hoje o riso está mais triste. 'Não toma todo meu refri','vamo joga la em casa?', ' e aí seu'. Simples assim. Como um abraço. Raros. Mas verdadeiros. Como jogar vídeo-game. Hoje a piada não tem tanta graça. E é difícil escrever. Hoje o dia está mais triste.
Os irmãos que a vida nos dá, as vezes são os melhores subterfúgios para os problemas que a vida nos impõe. Como quando depois de uma briga em casa passar a noite comentando sobre a viagem para a praia. Não ando acreditando em muita coisa, mas às vezes eu queria crêr só para acabar com a saudade. A saudade... o jogador acordou saudoso. A saudade só tem uma utilidade. Fazer a gente saber que a distância é uma das poucas formas de valorizar alguém e que só a partir disso, pegar um pouco do que aprendemos e colocarmos em prática. Por respeito, por carinho ou por saudade.
Não sei se eu estou ajudando ou atrapalhando. Mas acredite que amanhã tudo vai estar normal. O riso vai estar mais forte. O jogador mais preparado para a próxima jogada e o amigo vai seguir fazendo a gente sorrir. Mais forte. ''Vamo' puxa um ferro lá em casa?'. Odeio livros de auto-ajuda. Estou tentando não dispensar os amigos de auto-ajuda. A dor é inevitável. Trazer os controles do play não vai adiantar. É totalmente necessária. Não sei se estou ajudando, mas queria dizer que pode contar comigo. Simples assim. Como sempre. Como um pagode. Ou como 'o pagodeiro'. Irmão é para isso.

sexta-feira, 22 de junho de 2007

A Mulher da minha vida

Essa não é uma declaração de amor. Fique claro isso antes de qualquer conclusão precipitada. Precipitações. A vida é cheia dessas. E foi assim que nasceu minha vida. Em meio a confusões e milongas. Em meio a tanta gente. Assim que minha vida veio. Eu muitos vezes acredito que não sei andar sozinho. A minha vida eu tenho certeza, não sabe. Ela precisa de alguém para apoiar. E é para essa pessoa que eu escrevo.

As loucuras da juventude foram o que fizeram minha vida nascer. Eu mudei em muita coisa. Mas se comparar com quem acorda de noite por causa de minha vida, não mudei nada. Hoje eu não sou mais um moleque. Não sei se posso me considerar um homem feito. Hoje, mesmo ainda completando idade de criança, vejo uma mulher cuidando da minha vida. Com muito amor. Amor diferente. Que a maioria das meninas da sua idade não conhecem. Mas que aposto que hoje não trocaria por nada. Amor. Talvez por isso que minha vida esteja aí hoje. Por falta de amor meu. Só meu. Admito. Falta de amor por quem cuida da minha vida e falta de amor por mim mesmo.

Hoje já tem dezenove. E é só dezenove. Tudo depende do referencial. Referência. Ela é a referência da minha vida. O primeiro contato. Os primeiros dias. Os primeiros choros. Os nove meses antes. Que para mim foram três. Só três? Pareceram anos. Anos que eu não vou conviver com minha vida. A distância. O trabalho. Para que um dia efetivamente eu possa garantir que minha vida não precise passar por tudo que eu passo. E sem deixar de dar o carinho. Carinho como o que a mulher da minha vida dedica.

Isto não é uma declaração de amor. Isso é uma declaração de respeito. Uma demonstração de carinho, que no final da história foram os dois sentimentos que consigo te dedicar. O respeito que tanto me faltou no passado, agora é uma mera formalidade, por que consegues segurar tudo com valentia. A minha vida cresce. A minha vida está maior. Tomo susto a cada nova foto. Como a vida cresce. Eu não sabia com dizer isto. Hoje é o primeiro dia que não comemoras sozinha. Hoje tens um amor de verdade. Teu amor. Nosso amor. O amor da minha vida. Romances ainda teremos muitos. Amores também. Mas esse é o primeiro. Essa é minha vida. E tu é a mulher da minha vida, e isto, não é uma declaração de amor, apenas a forma que arranjei de te dizer: Feliz Aniversário!

terça-feira, 19 de junho de 2007

Por que não escutar


Eu estou impressionado com meu poder de persoasão no clima. Está bom de mais. Minha vida se encaminha para caminhos bons, com o perdão do redundante, com o perdão do leitor, que talvez um dia se canse de mim. Com o perdão de quem eu finjo não escutar. E com a boa vontade do pessoal que está longe. Com a boa saudade de quem eu não vejo há muito tempo. Existe boa saudade. Estou aprendendo isso, aos poucos.


Hoje tudo parece perfeito. O estresse do trabalho, o estresse da aula, pressões do mundo, a preocupação com o futuro, as desilusões do passado, tudo faz parte do nosso crescimento. Até algum tempo isso fazia parte daquilo que me atordoava. Agora também estou fingindo não ouvir isso. Aprendi a concentrar meu olhar no futuro. Mesmo que eu esteja olhando para todos os lados te procurando, inutilmente, mas sei onde quero chegar.


A manhã foi perfeita. Perfeição é a sensação ingênua do último segundo vivído. Um jogo de futebol que meu time ganhou foi perfeito. Os problemas no caminho foram esquecidos. Assim sendo, minha manhã foi perfeita. Com uma conversa que talvez não tenho nos levado para lugar algum. Ou talvez tenha nos levado ao lugar mais importante. A companhia. O conhecimento mútuo. Simples assim. Sem frases poéticas. Singelo. Perfeito.


As brigas já estão com dia e hora marcada. Ou melhor. Já tem motivos para acontecer. Mas é isso que vai nos tornando tão feliz. Nada de anarquismo, liberdade sim. Somos livres. Somos difíceis. Somos raros. Feitos um para o outro ou feitos um do outro? Não sei. Quem sabe nenhum dos dois. Quem sabe os dois. São fases. Parece um deja-vu esta conversa. Talvez esse calor seja apenas o sol daqui que me aqueça. Não deixe a chuva te molhar. Não brigue tanto assim. Ou brigue, por que eu vou seguir finjindo não ouvir, só para nós sermos felizes.

sexta-feira, 15 de junho de 2007

O sono


A noite, o dia, a tarde, a manhã e a noite. Um ciclo. Um dia. Uma semana. Um mês. Já faz um ano? Nem parece. Só tenho uma certeza. 'Você desliga o telefone se eu ficar muito abstrato'. Uma briga. Um carinho. Uma ternura. Um telefonema enganado. Um alô. Eu atendendo. Um susto. Uma desatenção. A verdade. A paz. Tua voz segue igual. A minha voz de sono. Você ficou tão real ao telefone. Parecia estar aqui. Uma certeza. 'Você desliga o telefone se eu ficar muito abstrato'!

Esse sentimento na verdade é tão abstrato quando o primeiro parágrafo. Tão longe. Eu ando meio abstrato. Me preparando para o encontro. Sentimento tão abstrato. E não é que desligou o telefone mesmo. Parecia desanimo. Jurou que era vergonha. Jurar. Prometer. Por que prometer? 'Vamos viver tudo que há pra viver, vamos nos permitir'. Vivendo isso como se fosse um sonho.

Um sonho. Essa abstração de sentimentos tem causado efeitos contraditórios. Um dia eu não durmo olhando feito bobo olhando as mensagens do celular. Em outro, que fiz bobagem, durmo tanto que acordo com mais sono ainda. Sono. É isso que o computador me dá quando não estás aqui. Nada me interessa. Nem meu jogo preferido. Nem nada. Feito um bobo. Um abstrato. E nem tinha meu telefone. Traumatizante. Tranquilizante.

Não sei como seguir. Sei que tenho que chegar. Não sei mais nada. O mergulho é profundo. A filosofia hoje também. É Platão. É platônico. Também vi no domingo. Um escreve o outro respondem. Um fala, o outro emudece. Não sei o que vai acontecer quando chegar a hora. Digo 'oi'? Digo 'tudo bem'? Digo nada? Digo que tenho apenas uma certeza. Não era briga. Era afeto. Era um olhar de quem não se vê. O olhar acanhado. Uma certeza. "você desliga o telefone se eu ficar muito abstrato". Você desligou. E eu dormi. O sono.

quinta-feira, 14 de junho de 2007

Não fecho os olhos




Hoje foi meu dia mais para baixo da última semana. Sim faz uma semana. Não sei por que fiquei assim. Mas desde ontem de noite estou com a sensação de que tudo é uma grande ilusão. De que daqui a pouco vou acordar e perceber que nada aconteceu. Tudo é tão rápido tudo é tão intenso. Isso me assusta um pouco. Quem já apanhou tanto da vida acaba criando um escudo, um tanto quanto egocentrico é verdade, que me faz nunca me atirar de cabeça.


Hoje foi o dia mais estranho de todos. Tava calor mas parecia estar frio. Ou tava frio e parecia calor? Não tenho muita certeza, mas por via das duvidas não tirei a jaqueta. A sensação não era de insensibilidade. Acho que eu sentia tudo ao mesmo tempo. Tava meio estranho. Uma sensação angustiante de que nada daria certo, e dessa vez não por culpa minha, não por culpa de ninguém, simplismente parecia que tudo era fictício. Isso me acalma um pouco. O ritmo estava muito intenso.


Não sei se já disse, mas hoje o dia foi cansativo. Parecia que eu tinha que resolver alguma coisa que não tem solução. Esse sentimento passou a noite comigo. Ás oito da manhã voltou rasgando, tentei amenizar, não passou. Passou por volta das 6 da tarde. E foi mais estranho ainda. Me deu uma estranha sensação de alívio. Um alívio imediato? Provavelmente. Mas ainda faltam algumas semanas para o alívio real, ou para o caos total? Não sei. Mas o alívio foi grande. Tentei falar. Acho que não precisava. Não falei. Mas a presença naquele momento já se bastava.


Hoje o dia foi estranho. Foi o dia mais para baixo da última semana. E o mais cansativo também. Mas veio o alívio. Veio a chuva. Tirei a jaqueta. Fechei a janela. Comecei a escrever sem saber onde chegar. Agora eu sei. Afinal, tá tudo muito estranho. Se eu fecho os olhos só me vem uma imagem na cabeça. E uma música. A mesma sempre. Tenho que dar mais alternativas a imagem. Para a música talvez não. Agora o alívio veio. Posso fechar os olhos e ficar feliz de novo.

segunda-feira, 11 de junho de 2007

A essência


Novamente o fim de semana foi agitado como tartaruga fora d'àgua. Mas nem tudo foi tão perdido. Enquanto mexia em velhos bilhetes a procura de um que prometi achar, encontrei outros tantos que nem lembrava mais. A promessa está aqui. Encontrei coisas que estavam escondidas há tempos.

Quando eu escrevia era tão mecânico quanto falso. Muitos que me escreveram também. Tinha ali também declarações de amizade eterna que talvez com muito esforço lembre do rosto. Mas também tem aqueles recados tão simples quanto verdadeiros, que me fizeram ter a real noção da importância do momento. O momento tão único que mesmo depois de três anos ainda consigo sentir saudade. Ainda consigo ler os recados verdadeiros e quase chorar. Ainda consigo me lembrar como eu era feliz ali.

A vida tem caminhos tortuosos. Os anos passaram violentamente rápido, por mais que o sentimento faça parecer ter demorado tanto a passar. Mas três anos passaram. Eu mudei, minha vida mudou de mais, o sentimento ao ler os bilhetes não. Saiba dar valor para isso. Eu valorizava. Muito. Era a base da minha vida.

Me distanciei. Meus amigos mais verdadeiros tem essa base. É triste ver que tanto eu insistia para quem se afastava voltar e agora tenho que pôr como meta de férias eu voltar. É triste. Tenho sorte de ter essas pessoas ao meu lado. Mesmo quando eu fechava os olhos e pensava coisas ruins eles estavam lá.

Agora estou bem feliz. Quero fazer alguém feliz de verdade. E esse talvez seja o motivo que eu queira voltar. Esse foi o motivo que eu voltei aos recados. Éncontrei o teu. Encontrei inspiração. Outra canção saiu quase sem querer. A bermuda segue ligada. A lembrança ao ler os bilhetes seguem a mesma. A vida tem caminhos tortuosos. A essência segue a mesma.

sexta-feira, 8 de junho de 2007

Bom dia sol!!!

A festa acabou cedo. O dia seguinte começou tarde. Mas começou muito bom. Meu humor e o clima estão cada dia mais afinados. O sol realmente apareceu. Parece um sonho. Um sonho. Foi isso que eu fiz de tarde. Conforme disse anteriormente, não seria um feriado comum. E o ambiente era convidativo a sair. Peguei meu violão e meu caderno de composições e fui para a rua.

Numa grama, num morro. Eu, meu violão, meu caderninho e o sol brilhando. Escrevi uma música só. Tava bom de mais ali. Deitei na grama. O violão do lado. Não resisti. Dormi. E nessa hora que começa o meu sonho. Foi tudo muito estranho. Sai de casa para não pensar nisso tudo. No sono eu queria paz. Encontrei tranqüilidade. Até ali te encontrei. Foi estranho.

Foi estranho sonhar ali, pois o sonho vinha ao encontro do que pensava. Consegui ver até onde não tinha visto antes com ninguém. Te vi reclamando da barba que faz um mês que não faço. Me vi te fazendo carinho. Te vi do meu lado. Foi estranho. Parecia tão real. De verdade. Te senti ali do lado. Mesmo sem nunca ter estado tão perto.

Acordei assustado. Acordei com uma sensação de cama vazia. Como se faltasse alguém ali. Um delírio total. Mas faltava mesmo. Voltei para casa. Deitei na minha cama. A sensação continuava. O telefone não tocava. "Sonho parece verdade quando a gente esquece de acordar". " Você ligou e a noite veio". Corri. Era mesmo. Tremi como se estivesse te vendo. O sol voltou como minha alegria. Sonhei. Um sonho bom. Nem lembrava como era bom ter um sonho bom. Que não seja só sonho. Mas a pergunta que me faço até agora é: Será que eu faço a barba?

quinta-feira, 7 de junho de 2007

Véspera de feriado


Amanhã é outra vez feriado. Outro dia que eu vou ficar em casa estudando, assistindo televisão ou qualquer coisa assim. Amanhã outra vez eu queria estar aí. Outra vez. A minha rotina do óscio de feriado seguirá praticamente a mesma. A festa hoje a noite será apenas uma quebra dela. Amanhã para ti não será apenas mais um feriado, e isso sim vai mudar a minha rotina.

Hoje o dia se encaminhava para mais um dia normal. Todo o 'rebuliço' do dia-a-dia misturado com a calmaria da véspera de feriado. O que tu me falou mudou tudo. Para mim bastante, para ti muito mais. Amanhã definitivamente não vai ser um feriado normal para ti. A rotina de alguns meses provavelmente será quebrada. E eu vou ficar aqui pensando: "Vai acordar e se sentir livre ou vai levantar e se sentir sozinha?"

Não consegui esconder o fio de alegria que me escapou como um sorriso tolo. Foi momentâneo, acredite. O jeito com que recebi a notícia não permitiu felicidade plena. Se bem que essa vai demorar a existir. Fiquei encomodado. Pela primeira vez entendi os efeitos da distância. Mas pela primeira vez entendi o benefício dela também. Minha presença do teu lado hoje poderia ser apenas pressão. Estar aqui para conversar pode ser conforto. Seu, para mim ainda é um pouco desconfortável tudo isso.

Entendi quando me disseste minha parcela de 'culpa' nisso tudo. ASSUSTADOR. Vá que um dia descubra que não foi nada disso e tinha meu pedaço nessa decepção. TRANQÜILIZANTE. Pois eu sei o que sinto e isso faz com o que venha daqui por diante seja apenas um passo a cada dia. Dia.. hoje faltam 30... amanhã faltarão 29... e assim por diante. Pouquíssimo tempo que vai parecer eternidade.

E o feriado vem chegando. Amanhã será um feriado como todos os outros. Não para ti, não para mim. A distância não é eterna, tem solução. Tudo tem solução, mesmo eu gostando tanto de problematizar as coisas, tudo tem solução. Que o que acabou hoje seja o início do que começamos semana passada. Não estou pressionando, estou tentando confortar. O amanhã pode ser mais feliz do que o ontem se tornou. Amanhã a rotina do feriado volta, não quero mais rotinas. Conta comigo tá?

segunda-feira, 4 de junho de 2007

A manhã seguinte


Hoje eu acordei, olhei as coisas no meu quarto. A bagunça tradicional de quem não tem paciência para deixar tudo no lugar antes de dormir. Coloquei mais um agasalho. O frio que nem nos deixou voltou. Mas não sei por que não tem me afetado tanto. Tenho andado mais feliz. A casca oca da semana passada parece preenchida.

Hoje finalmente lavei minha jaqueta preferida. A velha companheira já merecia isso há algum tempo. Secou rápido. Eu não. Sigo como um vaso regado. A umidade do ar parece ter tirado a secura da tristeza que não se cura de uma hora para outra. Sigo com saudade da minha cidade umida. Lá provavelmente estão minhas maiores alegrias e minhas maiores angústias. O meu futuro não deve passar por lá. Só quando eu ficar bem velhinho. Ou quem sabe volte para lá em um ano. Previsões são tão acertadas quanto vencedor de clássico.

Amanhã terei meus compromissos. Hoje resta apenas tempo de ir ao banheiro e escutar calmas canções antes de dormir. Dormir é tão bom quando a cabeça está tranqüila. Não tenho preocupações.. Tenho muitos problemas. Preocupação é apenas a falsa esperança de que conseguiremos achar soluções milagrosas aos problemas. Tenho problemas. Preocupações não.

Na manhã seguinte ninguém sabe o que acontecerá. Então por que tantas preocupações hoje? Na manhã seguinte cada um terá seus compromissos. Uns acordam atrasados. Outros tranqüilamente atrasados. Outros acordam felizes pelo primeiro dia de aposentadoria. Outros nem acordam. Então pra quê preocupações? Pense apenas no agora sem deixar o amanhã escondido. Um hoje bem vivido resulta num amanhã bem resolvido. Então, por que preocupação??

sábado, 2 de junho de 2007

ANDANDO NO ESCURO


Eu já fui muito injusto nessa vida. Já julguei muita gente que não deveria. O cartaz na tuas costas só tu não enxerga. Eu também não enxergava o meu. Mas mesmo assim julgava as pessoas como não deveria ter feito. Fui injusto. Porém, acredito que até hoje não tenha sido tão injusto com alguém quanto eu fui comigo mesmo, e é por isso que eu estou aqui e agora para te dizer tudo isso.

Isso é coisa antiga? A recíproca é verdadeira? Eu errei? Tu errou? Tanto faz. A intenção aqui não é julgar ninguém. A intenção aqui não é me declarar para ninguém. A intenção é sim de não ser injusto comigo mesmo mais uma vez. A intenção aqui apenas é te colocar a par da situação. A situação no momento é o que eu sinto ou senti. A intenção não é te obrigar a tomar decisão nenhuma. Mas não é conversa sem propósito, não misture.

Se a perna tremia? Se eu era apaixonado? Se eu não sei o que amor? Esquece tudo isso. A verdade e a ilusão são como encarar o perigo ou colocar panos quentes no que queremos acreditar e não conseguimos. O sentimento não se descobre antes de se viver. Ou o que se vive não passa da epiderme. Tento chegar ao coração sempre. Por que isso faz com que eu saiba que eu tenho coração. Tudo é brincadeira, e tudo começou numa brincadeira. Posso cuidar do teu coração?

Se combinava? Se a gente combinava? Se o tempo passou? Não liga pra isso. Eu sempre tive medo do escuro. Mas nem por isso deixo de fazer nada por isso. É como eu me sinto. Um passo pro nada. Pode ter um buraco ou pode ter teu abraço. Pode não ter nada ou eu posso achar o interruptor, acender a luz e acabar com o esconde-esconde. Eu escondi. Tu escondeu. Desculpas para o tempo. E desculpa um para o outro, só o tempo responderá.

Se nossas armas são as mesmas? Se você gosta do que eu escrevo? Se eu estou aqui totalmente desarmado? Isso não vai mudar o que eu sinto. E tão pouco vai mudar o que a gente vive. Isso talvez me faça enxergar algumas verdades que eu escondia de baixo do travesseiro. Talvez nem mude nada. E com você tenho andado com a bandeira branca. O travesseiro. A cama. Eu não vejo quando apago a luz. O medo do escuro também não. Mas eu sigo andando nele, como quem não quer nada. Se vai ser verdade? Se foi só uma conversa? Se foi só massagem? Pouco importa. O importante é que não fomos injustos. O importante é que consegui dormir bem. E o que se diz agora mesmo? Prazer em te conhecer. Estava no script. Boa noite.