Pensava no que poderia escrever hoje. Mas também, queria muito que tivesse lido o que escrevi ontem. Pensei em não escrever nada simplesmente. Mas pensei também que quantas vezes agente não fala, não escreve aquilo que sente ou aquilo que pensa e depois acaba seguindo caminhos que nem sempre são os melhores. Resolvi não me calar. Vou falar mesmo. Vou abrir a boca e dizer tudo que realmente pretendo antes que seja tarde de mais pra fazê-lo.
Talvez se eu tivesse dito não há uns anos atrás, hoje nós pudessemos estar decidindo se eu vou ou não vou, se vai ou não vai ter festa. Acomodei-me. Não soube dizer não ou não quis dizer não? Não sei. Mas não falei. E isso hoje é o que faz toda diferença. O simples fato de não ter dito não, de não ter pensado um pouco mais faz com que estejamos aqui.
Ah... palavra desgraçada, que sempre me foge quando eu falo. Que me faz dizer sinônimos quando o quero na verdade é dizer teu nome. Ah palavras... Talvez se eu me calasse mais uma vez não fizesse você pensar agora. Talvez seja ilusão minha, apenas ilusão. Mas o meu coração sabe que o que eu falei, o que escrevo aqui é a mais pura verdade. Talvez fosse melhor deixar você ler o que escrevi ontem. Porém, eu deixaria de falar esse tanto de coisas.
Tenho um amigo que certa vez me disse que deixou de dizer que amava o pai dele. Ele saiu de casa para trabalhar e nunca mais voltou. E até hoje ele sente falta dessas simples palavras. Não, não vou esperar você ler aquilo tudo, é muita coisa, e talvez eu perca a chance de dizer às palavras que meu amigo quis dizer ao pai dele, e que mais uma vez uso sinônimo pra não dizer diretamente.
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