Eu não entendo o que é a solidão. Simplesmente entendo do que é estar sozinho. E por mais que eu esteja no meio de um monte de gente, ainda corro o risco de estar sozinho. E muitas vezes estou mesmo. Isso não acontece só comigo. Isso acontece com todo mundo. Ou com todo mundo que algum momento resolver enfrentar o desconhecido e se atirar de cabeça em algo.
Algo que nesse caso pode ser um amor, que graças a Deus não me sinto sozinho, numa nova proposta de trabalho ou num pedido e demissão. Isso acontece com todo mundo. Ou com todo mundo que pelo em algum momento preferir arriscar do que acomodar as coisas. E ainda bem que desaprendi como é simples acomodar as coisas.
E essa hora, em que tudo isso acontece, é a hora que eu comparo as pessoas com a Lua. Sim. Por mais lógico que seja falar das fases da Lua, é nessa hora que o ser humano tem dificuldade de saber o que passa dentro dele. Ainda mais, quando no meio de todos esses novos momentos nos sentimos a lua minguante.
O problema é que se esquece que a Lua minguante é simplesmente o fim do ciclo das quatro fases. E nessa hora a gente tem que botar no coração que nós somos a Lua crescente. E que a nossa tristeza por estar minguante é uma bobagem. Pois afinal, se a gente desaparecer um pouco mais, nos tornamos a Lua nova. E a Lua nova é começo de tudo até voltarmos a ser uma Lua cheia.
E a Lua cheia brilha forte e intensa no céu. E pra quem está na Lua minguante, é só pensar que o medo maior não é de nos tornarmos o filete da Lua Nova, e sim de não sabemos se amanhã não existirá uma nuvem que nos esconda. E pra quem está na Lua minguante, eu não desejo que a Lua Cheia chegue logo. Desejo simplesmente que o dia chegue. Na hora certa. E quem sabe não é agora. Caminhe, passeie. E sinta a luz do dia. Afinal, até mesmo a Lua cheia só é cheia porque o sol reflete nela.
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