E nós seguimos pregando peças no destino. Destino esse que os outros insistem em querer pôr em xeque. Mas destino esse que sabemos que é construido por nós mesmo. Destino esse que guarda no nosso coração a maior vontade de estar juntos e que no coração simplesmente não vê diferença de crenças e crendices.
E é nessas horas que me pego pensando nisso tudo, que me pergunto pra quê?. "Pra quê?" , com o perdão do assassinato linguístico, pode nos ajudar muito a entender as duvidas dos outros sobre nosso destino.
Pra que eu leria emails e mensagens antigas se eu posso passar a noite inteira lendo as nossas mensagens, que me trazem muito mais alegria. Pra que nós devemos seguir um modelo pré-estipulado de como é estar juntos, se é tão mais divertido inventar a cada semana uma forma nova de amar.
Pra que ser tão igual, se na verdade o melhor de nós é quando nos encontramos nas diferenças e simplesmente rimos quando as azeitonas ficam no canto dos dois pratos. Pra que ser tão fiéis a idéias prontas quando cada um acaba passando por cima de antigas formas de pensar, só pra tentar ser feliz. Pra que escrever tanto, se tudo que a gente precisa é deitar para assistir televisão juntinhos. Pra quê?
Talvez isso explique tanta coisa sobre sentimento. Possivelmente isso não signifique nada para quem nunca teve que desafiar o mundo e a si mesmo por causa de alguém. E quem não sabe o que é isso, talvez nunca tenha força suficiente para ensinar seus filhos o que é amar. E acredito realmente que aqueles que conseguem passar por tudo isso ainda conseguiram ficar velhinhos na mesma casa. E eu falo em mesma casa e você me pergunta: "Pra quê?".
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