Dei um passo importante é verdade. Mas não quebrei. Parei na frente da barreira como uma criança olhando para um adulto. Um pequeno pedaço de papel. Algumas palavras escritas do fundo do coração. Parecia quarta série. Eu tremia. Não falei nada. Falei sim. "Lê sozinha". Eu tremia. Mas afinal, se eu cheguei tão perto da barreira, por que não derrubá-la? Não sei. Mas parei na frente.
O pior não foi isso. O pior foi ter me assustado com o que eu acabava de fazer. Fiz bobagem. Não ao te entregar o bilhete, mas o que fiz depois. No medo do que poderia acontecer, fui procurar abrigo em outros braços. Aqueles braços no qual eu já não procurava a meses. Procurei. Fiz bobagem. Fiz alguém. A barreira aumentou. A barreira praticamente se tornou uma muralha. E o peso dela vai ficando cada vez mais pesado. Fingi esquecer. Não esqueci. Procurei abrigo em outros braços errados. Procurei abrigo em outras garrafas. Agora não havia mais o que fazer, essa barreira que eu construi era intransponível.
Acredite. Um dia eu vou derrubar. Mas não vou sozinho. Vou querer tua ajuda. Me ajuda? Se você não quiser tudo bem, já me acostumei. Não me acomodei, não me conformei. Me acostumei. Estou tão perto, tão longe e tão longe. Tanto em distância física com em distância psicológica. Ah essas barreiras.. um dia serei capaz de driblar elas, prometo. Me ajuda? Tudo bem. Eu te entendo. Me entende? Ah.. essas malditas barreiras...
Um comentário:
Eu acho até que ajuda heim?
saudade tua!
bjooo
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