Quem nunca chegou a tal ponto que achou que enlouqueceria? Mas enlouquecer porque? Todo mundo tem um pouco de louco dentro de si.Muitas vezes escondemos ela dentro de armaduras que não permitem mostrar quem realmente somos, o que realmente pensamos. Antes que eu enlouqueça, mando um pouco da minha insanidade escondida dentro de minha armadura!

sábado, 2 de junho de 2007

ANDANDO NO ESCURO


Eu já fui muito injusto nessa vida. Já julguei muita gente que não deveria. O cartaz na tuas costas só tu não enxerga. Eu também não enxergava o meu. Mas mesmo assim julgava as pessoas como não deveria ter feito. Fui injusto. Porém, acredito que até hoje não tenha sido tão injusto com alguém quanto eu fui comigo mesmo, e é por isso que eu estou aqui e agora para te dizer tudo isso.

Isso é coisa antiga? A recíproca é verdadeira? Eu errei? Tu errou? Tanto faz. A intenção aqui não é julgar ninguém. A intenção aqui não é me declarar para ninguém. A intenção é sim de não ser injusto comigo mesmo mais uma vez. A intenção aqui apenas é te colocar a par da situação. A situação no momento é o que eu sinto ou senti. A intenção não é te obrigar a tomar decisão nenhuma. Mas não é conversa sem propósito, não misture.

Se a perna tremia? Se eu era apaixonado? Se eu não sei o que amor? Esquece tudo isso. A verdade e a ilusão são como encarar o perigo ou colocar panos quentes no que queremos acreditar e não conseguimos. O sentimento não se descobre antes de se viver. Ou o que se vive não passa da epiderme. Tento chegar ao coração sempre. Por que isso faz com que eu saiba que eu tenho coração. Tudo é brincadeira, e tudo começou numa brincadeira. Posso cuidar do teu coração?

Se combinava? Se a gente combinava? Se o tempo passou? Não liga pra isso. Eu sempre tive medo do escuro. Mas nem por isso deixo de fazer nada por isso. É como eu me sinto. Um passo pro nada. Pode ter um buraco ou pode ter teu abraço. Pode não ter nada ou eu posso achar o interruptor, acender a luz e acabar com o esconde-esconde. Eu escondi. Tu escondeu. Desculpas para o tempo. E desculpa um para o outro, só o tempo responderá.

Se nossas armas são as mesmas? Se você gosta do que eu escrevo? Se eu estou aqui totalmente desarmado? Isso não vai mudar o que eu sinto. E tão pouco vai mudar o que a gente vive. Isso talvez me faça enxergar algumas verdades que eu escondia de baixo do travesseiro. Talvez nem mude nada. E com você tenho andado com a bandeira branca. O travesseiro. A cama. Eu não vejo quando apago a luz. O medo do escuro também não. Mas eu sigo andando nele, como quem não quer nada. Se vai ser verdade? Se foi só uma conversa? Se foi só massagem? Pouco importa. O importante é que não fomos injustos. O importante é que consegui dormir bem. E o que se diz agora mesmo? Prazer em te conhecer. Estava no script. Boa noite.

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