A festa acabou cedo. O dia seguinte começou tarde. Mas começou muito bom. Meu humor e o clima estão cada dia mais afinados. O sol realmente apareceu. Parece um sonho. Um sonho. Foi isso que eu fiz de tarde. Conforme disse anteriormente, não seria um feriado comum. E o ambiente era convidativo a sair. Peguei meu violão e meu caderno de composições e fui para a rua.
Numa grama, num morro. Eu, meu violão, meu caderninho e o sol brilhando. Escrevi uma música só. Tava bom de mais ali. Deitei na grama. O violão do lado. Não resisti. Dormi. E nessa hora que começa o meu sonho. Foi tudo muito estranho. Sai de casa para não pensar nisso tudo. No sono eu queria paz. Encontrei tranqüilidade. Até ali te encontrei. Foi estranho.
Foi estranho sonhar ali, pois o sonho vinha ao encontro do que pensava. Consegui ver até onde não tinha visto antes com ninguém. Te vi reclamando da barba que faz um mês que não faço. Me vi te fazendo carinho. Te vi do meu lado. Foi estranho. Parecia tão real. De verdade. Te senti ali do lado. Mesmo sem nunca ter estado tão perto.
Acordei assustado. Acordei com uma sensação de cama vazia. Como se faltasse alguém ali. Um delírio total. Mas faltava mesmo. Voltei para casa. Deitei na minha cama. A sensação continuava. O telefone não tocava. "Sonho parece verdade quando a gente esquece de acordar". " Você ligou e a noite veio". Corri. Era mesmo. Tremi como se estivesse te vendo. O sol voltou como minha alegria. Sonhei. Um sonho bom. Nem lembrava como era bom ter um sonho bom. Que não seja só sonho. Mas a pergunta que me faço até agora é: Será que eu faço a barba?
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