Quem nunca chegou a tal ponto que achou que enlouqueceria? Mas enlouquecer porque? Todo mundo tem um pouco de louco dentro de si.Muitas vezes escondemos ela dentro de armaduras que não permitem mostrar quem realmente somos, o que realmente pensamos. Antes que eu enlouqueça, mando um pouco da minha insanidade escondida dentro de minha armadura!

quarta-feira, 26 de dezembro de 2007

Menininha preta da bicicleta vermelha


Já faz algum tempo que as festas de fim de ano perderam um pouco o sentido pra mim. Antes, o ano só iniciava quando começavam as aulas, atualmente, o ano começa quando eu volto pra casa de férias. Assim sendo, as festas de fim de ano perderam 70% da importância pra mim. Os outros 30% eu divido metade pelas pessoas que há muito tempo não via e a outra metade, pelos aprendizados que se tem.

Um deles eu descobri hoje. Como de costume fui pro meu pai almoçar. A grande sensação era o carrinho novo do meu irmão. De controle remoto, andava pra cima e pra baixo, só faltava falar sozinho. A gurizada da rua se juntou toda só para ver o tal carrinho. Mas o que mais me chamou atenção nessa história toda, foi uma menina preta e sua bicicleta vermelha.

Ela parecia meio distante daquele mundo do carrinho. Ela passeava pra cima e pra baixo em sua bicicleta. E como sempre todo mundo parecia não dar importância para ela. Porém, ela pouco se importava com aquilo, porque para ela o que mais importava era a bicicleta vermelha. Não tô dizendo que meu irmão não ficou feliz com o presente dele, mas 40% da felicidade era porque os outros estavam admirando o brinquedo. Já a menininha preta com sua bicicleta mal pintada, estava feliz porque estava feliz. E aí que eu me pareço muito com ela.

Tantas vezes eu quero ser uma coisa, e as pessoas se admiram com isso, pelo simples fato de eu querer ser eu mesmo. Outras vezes, por sorte, encontro pessoas que entendem e até gostam disso. Porém não é todo mundo. Muitas vezes, eu tento ser o personagem principal, e normalmente acabo como um mero contador de histórias. Outras vezes, porém, quero ser apenas um contador de histórias, simplesmente para levar alguma coisa nova paras as pessoas, seja nas músicas ou nos textos, e dessas vezes normalmente acabo me tornando o personagem principal. Talvez não pra todo mundo. Pra alguns talvez, eu seja apenas uma menininha preta andando na bicicleta vermelha, mas tenho certeza, que pr'aquelas pessoas que realmente valorizo, eu valho muito mais que qualquer carrinho de controle remoto. E se eu pudesse desejar alguma coisa pra minha vida, eu só queria ser que nem a menininha preta da bicicleta vermelha.

quinta-feira, 13 de dezembro de 2007

O que eu disser hoje!


Agora o que vier é lucro. Os prejuízos eu já vou mandar para conta do ano que vem. Não me importa mais se minha casa tá uma bagunça ou se alguma nota que eu vá tirar não será tão boa. Não me importa muito. E o que me disser hoje eu vou ignorar. E o que não disser eu vou fingir que doeu. Mas não dói. Acho até que o amor às vezes é fingir que doeu quando só deixou triste, ou ignorar quando dói.

Mas se tudo é igual ao ano passado, porque tá tudo diferente? Por que acho que esse ano muita coisa mudou na vida. Muita gente chegou. Algumas saíram. Três principalmente. Um que voltou, um que chegou e outro que se revelou. E a revelação faz do amor a eterna magia de hoje ser a pessoa que mais amo e amanhã a pessoa que me tira do sério. E faz pensar no futuro.

O que voltou, aos poucos foi tomando espaço. Aos poucos fomos tomando umas cervejas. Aos poucos a amizade antiga não existia mais. E sim uma amizade mais verdadeira. E o que eu disser hoje é só ignorar. O que eu disse ontem não consigo esquecer. Tenho esse sério problema. Essa maldita memória que não me deixa na mão nem quando queria.

O que chegou já veio fazendo festa. O que chegou eu nem esperava. O que chegou muitas vezes está longe. O que chegou me assusta muitas vezes quando paro pra pensar. E eu nem sei se consigo ser o que ele precisa. Mas vou me esforçar. Sei que a relação já nasceu abalada. Tem tudo pra dar errada. Mas eu adoro contrariar a lógica. Acho que por isso acho tanta graça na vida.

Ah bom. Mas se bem que tudo que eu disser hoje você ignora. O que eu sinto não. E o que eu sinto pelas pessoas a minha volta também. Claro que não esqueço das outras pessoas da minha vida. Mas é que se eu tiver que levar alguma coisa de boa desse ano serão essas três pessoas na minha vida. E que venha logo 2008. E que venha logo amanhã pra mim tirar férias. E não se esqueça. Ignore tudo que eu disser hoje. Mas nunca ignore o que eu sinto.

quinta-feira, 29 de novembro de 2007

Sim, eu tenho TPM

Tudo bem. Admito. Ando meio brabo mesmo. Ando bem cansado e qualquer coisa me irrita. E algumas delas me irritam muito. Tudo bem, assumo. Minha paciência já foi pro ar há algum tempo. E tudo que eu sinto vontade é xingar as pessoas. Mas isso passa. Confesso, estou com TPM. Não com os efeitos físicos. Sim com os psicológicos.
Acordar cedo todo dia, ver as mesmas pessoas sempre, algumas não queria ver nunca mais, não ver as pessoas que queria estar todo dia junto ajuda muito pra me deixar assim. E eu conf
Tudo bem. Admito. Ando meio brabo mesmo. Ando bemesso, hoje eu estou cansado. Isso já aconteceu outras vezes. Não de mês em mês. Mas acontece com freqüência de uma vez por ano. E isso é tão ruim. Nessa hora fico até com pena das mulheres.
Isso passa, eu espero. Passa sim. Sempre passou. Hoje até doce eu comprei pra me alegrar. Só falta andar de meias e havai
anas. E além do mais falta pouco. Esse cansaço que às vezes faz um dia parecer uma semana e duas semanas parecerem que nunca vão chegar. Mas vai chegar. Falta pouco. E até lá espero que a TPM tenha passado.
Ainda vou ter muitas TPM's. A Tensão pré-monografia, semestre que vem, a tensão pré-matrimônio no outro. A Tensão pós-manguaça, que sei que não terei m
uitas, mas alguma hora existirá. E nessa hora eu penso coitada das mulheres que tem isso uma vez por mês.
Isso passa. Já até estipulei prazo pra descer. A menstruação? Não, a Serra. Sair daqui e ir correndo pra praia. Acho que esse calor numa cidade sem praia deve agravar minha situação. Mas perfiro assim. E nessa hora eu penso: Coitado dos homens, tem que aguentar isso uma vez por mês. Minha TPM até que é boa pras mulhere
s verem o que homem sofre. Ainda bem que é uma só por ano. Imagina todo mês uma batalha. Não, não. Ainda terei muitas TPM's, e essa já tá quase acabando. E isso que importa.

quinta-feira, 22 de novembro de 2007

De cabeça virada!



Ontem estava eu correndo no pouco tempo que fico em casa. Fui tomar banho. E comecei a perceber um fenômeno comum quando chega essa época do ano. Tudo estava de cabeça pra baixo. A casa num todo até está arrumada. Mas meu quarto está mais bagunçado que nunca. No banheiro foi onde tive a comprovação desse fenômeno. O shampo está de cabeça pra baixo, o desodorante está de cabeça pra baixo.
Nesses últimos dias tudo tem andado assim. E no caso do desodorante vem uma eterna briga mental: Se eu comprar outro não gasto antes das férias, se eu não comprar esse que tem acaba antes. E minha vida de cabeça pra baixo? Se eu conseguir aguentar até as férias tá bom. Mas tô achando que vou ficar de cabeça pra baixo se não cortar o cabelo logo. Tá começando a pesar.
Antes eu pensava que sempre iria ter tempo para tudo. Agora penso que já não tenho tempo pra mais nada. E pensando na monografia semestre que vem, já tô começando a pensar em tomar Prozac ou Gardenal. Tô analisando ainda qual é mais forte. Por que senão não vejo jeito de não ficar com a cabeça virada.
Muitas vezes a gente faz algo errado e as pessoas sempre vem com o papo: "Esse guri não tem jeito, tá com a cabeça virada". E muitas vezes é verdade. Ainda mais quando não se sabe onde quer chegar. Nesse ponto não posso me queixar. Minha cabeça tá no mesmo lugar. E eu sei bem onde quero chegar. Se vou chegar não sei, mas que eu sei onde quero, isso eu sei.
Mas agora eu quero mesmo é chegar em casa e conseguir dormir tranquilo. Quero mesmo é que chegue as férias e que eu possa descançar tranqüilo na cama dos meus avós ou ver um filme na Fernanda. Só quero comer o arroz com galinha da mãe ou ficar conversando com o pai no estacionamento. Só quero brincar de helicóptero com o Lucas até ele dormir. De verdade mesmo, eu só quero que minha cabeça não capote de vez. Mas ainda bem que eu sei onde eu quero chegar.

sexta-feira, 16 de novembro de 2007

O pote de bala e o pote de ouro!



Quando eu sai de casa pra morar sozinho eu tinha umas idéias meio loucas. A primeira idéia genial que tive foi comprar um pote de bala. Um pote pra colocar balas, como eu sempre achei que quando eu fosse morar sozinho tinha que ter. Primeiro salário e lá foi eu atrás do famigerado pote. O salário não era muito grande, logo o pote não era bem aquele que eu sonhei. Em seguida comprei as balas. Enchi o pote. Depois de dois meses o pote ficou em alguma casa que nem lembro.


O tempo passou e eu descobri que o pote de bala não valia nada. E no meio do caminho fui descobrindo os potes de ouro. Os potes de ouro na nossa vida normalmente não são bens que a gente compra, mas sim coisas que a gente conquista. Os potes de ouro normalmente não se sonha quando entra numa nova fase da vida. Os potes de bala algum louco pode sonhar.
O pote de bala, o qual eu ainda terei na minha casa de novo, foi muito legal. Eu chegava em casa do trabalho, cansado, e me empanturrava de bala. Durava dois dias no máximo. E ficava o resto do mês sem as balas. Às vezes eu queria que os potes de ouro fossem que nem as balas. E não são.
Queria ficar mais tempo com meu potinho de ouro, mas preferia ficar com ele um pouquinho cada dia. Não consigo. E às vezes acredito que ele também queria ficar comigo mais tempo. Mas quando ele crescer pretendo estar mais perto. E fazer com que minha presença ajude ele a crescer.


O outro pote de ouro na minha vida, eu tentei fazer como o pote de bala. Achei que talvez em dois dias eu fosse conseguir ter pra conseguir aguentar até o mês seguinte. "Quem nunca comeu melado se lambusa até o pé". E o pote de ouro se foi. Mas o suor do trabalho tem seu merecimento. E o pote de ouro sabe o quanto foi difícil conquistar. E voltou.


E a vida é assim mesmo. Temos potes de ouro e potes de balas. Muitos potes de balas a gente trata como verdadeiros potes de ouro. E os potes de ouro muitas vezes nem se dá o valor que ele tem de verdade. Conheça seus potes. Avalie o que realmente vale a pena. Eu descobri o valor dos meus. E quero eles sempre assim, com seu valor. E pra mim, valem muito.

quinta-feira, 8 de novembro de 2007

O prazer do chocolate


Nada é por acaso. Ninguém aparece pelo simples fato de aparecer na nossa vida. Por vezes, as coisas não saem conforme o programado. Às vezes, a gente briga, xinga e é xingado. Normalmente as mágoas não são superadas. Porém às vezes, se descobre o prazer do chocolate. Do doce do cacau mesmo. E isso não tem igual.
Como a pele alva e a pele amorenada podem combinar tanto? Ou a pele amorenada é alva e a pele branca é lactosa? O leite e o chocolate. O chocolate e o morango. A boa companhia ninguém dispensa. E acho que o chocolate tem boa parte nisso. A vida corrida vai fazer parte de nossa vida. Mas a nossa vida não pode entrar na correria. E nem se pode esquecer a alegria de criança. Alegria como a de comer chocolate.
O cansaço, o sono ou a insônia. A briga e o perdão. Tudo isso faz parte de nós. O perdão até bem pouco tempo não fazia parte. Agora faz. E o que em uma noite era choro, virou chocolate. Quem queria dormir, dormiu. E quem não queria? Não dispensou a boa companhia. Do ronco, do filme e do chocolate. E então soube o prazer que pode ser a vida a 2. A alegria de ver o sono carinhoso.
Nem sempre eu pensei assim. E possivelmente a maioria das coisas que escrevo ultimamente são relativas as coisas que mudei no meu pensamento. Incluindo a insônia. Incluindo o sono. Incluindo o chocolate. O melhor do chocolate é saber que na manhã seguinte o prazer será maior. O melhor do chocolate é saber que quando acordar, o sono não existirá mais. E nem o chocolate, mas sim algo muito mais forte que nos moveu até aqui, e que vai levar muito além. A rosa na minha janela o vento destruiu. O chocolate eu mesmo acabei. O que nos faz forte, só nós podemos acabar.

segunda-feira, 29 de outubro de 2007

História da vida que ainda não vivi


Há certas coisas pré-concebidas em nossas cabeças que acreditamos cegamente que é para a vida toda. Um amor, um tênis, uma casa ou apenas um pensamento, uma forma de imaginar o mundo. há certas coisas pré-concebidas na cabeça porém, que certas vezes simplesmente rasgamos e acreditamos cegamente que estamos fazendo a coisa certa. E só sabemos quando se olha no fundo do olho e se percebe a verdade, ou quando no coração o que passou não fez apagar o que de bonito existe.
Quantas vezes na vida você já pensou que um adeus era um até nunca mais? E quantas vezes uma lágrima por alguém foi uma lágrima definitiva? Eu rasguei isso dentro de mim. Sempre acreditei que o adeus era um nunca mais. E na verdade parece um até logo. E o que há de errado nisso? Rasguei essa idéia de dentro de mim. Acredito mesmo que as coisas podem voltar a ser o que eram antes.
Quantas vezes nosso orgulho besta fez com que não fizessemos aquilo que tinhamos realmente vontade de fazer. Algumas. Mas nunca realmente rasguei o orgulho pra dizer que ainda não vivemos tudo que tinhamos pra viver juntos. Sei que rasgasse esse orgulho também. E a vida faz com que se rasgue tanta coisa que de uma hora para outra passa a ser uma coisa sem sentido.
E rasguei também aquela idéia de que não precisa se mudar pra viver com alguém. Muita coisa mudou. Algumas vão se escondendo aos poucos. Outras ficaram reduzidas a quase nada. Mas acredito que quando se quer alguém, muitas coisas tem que ser rasgadas, antes que o rasgo maior seja no coração. E o meu ainda junta os pedaços. O teu também. Então por isso rasguei tanta coisa pra te ter aqui do meu lado de novo. E não quero perder de novo. Nem que eu rasgue "meus fins-de-semana" pra não te fazer lembrar do passado. Esses ainda não rasguei. Mas muita coisa já. E tu, já? Agora só falta o olhar para a certeza. É como se fosse a primeira vez de novo. É como a gente nunca imaginou. E agora simplesmente vive. E rasgamos tanta coisa, antes que o rasgo no coração se torne irrecuperável. E como no começo te peço: Deixa eu cuidar do teu coração?

sexta-feira, 5 de outubro de 2007

A vida é feita de talvez!

A incerteza e a dúvida são eternas companheiras do mortal pensante. A cruel capacidade de não saber tudo mexe com o humor de muita gente. E muita gente corre atrás para saber do futuro. A vida é feita de talvez. Quantas e quantas vezes já escrevi talvez isso, talvez aquilo. E a metade das coisas eu não consigo responder. A outra metade eu acho que sei mas erro. E a terceira metade(???) eu descobro.
Talvez essa seja a graça da vida. Não deve ser tão legal assim saber tudo. O bom mesmo é correr atrás para descobrir. Talvez a gente erre nesse caminho. Mas talvez de o passo mais certo da vida. Talvez esqueça os erros do passo e viva só do futuro. Talvez isso que tantas vezes tranque nossa vida num tanque. Talvez isso nos livre de errar feio. Talvez errar feio nem seja tão ruim assim. Você sabe? Eu não sei mais. Essas foram da segunda metade.
A vida é feita de talvez. Isso eu tenho certeza. Certeza? Talvez por ter tantas certezas que não consigo parar de pensar nos erros. Talvez por tantos erros não consiga dar passos incertos. Talvez o meu próximo passo me faça torcer o pé. Talvez eu me arrependa um dia de não ter dado este mesmo passo. Talvez torcer o pé e ficar de molho faça que velhos amigos venham me visitar no domingo. Ou mais triste ainda, talvez aí descubra que não tenho amigos.
Tantas vezes se acredita numa coisa e se desiste outras por ficar horas e horas pensando nos "talvez". Talvez aí esteja o grande erro. Talvez se podar de mais pode nos impedir de grandes alegrias. Talvez passos impensados podem nos trazer grandes tristezas. Talvez felicidade nem exista. Talvez tenhamos medo das tristezas. Talvez só não seja maior que o medo da morte. A vida é feita de talvez. E talvez um dia eu consiga responder tudo isso. E um dia todos os 'talvezes' que colocamos no nosso caminho se resumam a poucas palavras. "Boa noite, até amanhã". E durmir feliz com a certeza da felicidade. Talvez foi isso que eu procurei a vida inteira. Talvez eu tenha encontrado.

terça-feira, 2 de outubro de 2007

Crenças e contratos


E o que é acreditar mesmo? E o que é um contrato? Talvez hoje em dia se acredite muito que um contrato resolverá tudo. Mas há aqueles que acreditam que um contrato pode ser o princípio do fim. E para estes que escrevo hoje. Ter crenças e fazer contratos tem praticamente o mesmo valor. Tudo depende se o que levou ao contrato foi aquilo que você acredita.
Explicando. Se você tem certeza do que sente, não será um contrato que fará aumentar esse sentimento. Mas não será um contrato que fará ele diminuir. Já acreditei em muita coisa na vida. Muitas delas não acredito mais. Outras apenas se esconderam em algum lugar dentro de mim, mas sempre voltam na necessidade. É preciso acreditar em algo na vida. Isto é certo.
Seja numa religião, numa pessoa, num sentimento, em qualquer coisa. Mas em algo há de se acreditar. Mas o difícil de acreditar é na força de um contrato. Eles tem seu valor perante os outros. Mas não pode mudar o que existe dentro de nós. Acredito também que as conversas devem nos levar para algum lugar melhor. Algumas não nos levam a lugar nenhum. E só nos fazem sofrer por antecedência.
Acredito em contratos. Mas naqueles feitos com o coração. Se há um contrato de corações, não existirá contrato de papel nenhum no mundo que faça isso mudar. O papel o tempo come. O sentimento verdadeiro o tempo não destrói. Só aumenta. E a verdade não há contrato que acabe, só comprova. Contratos são feitos para fazer aquilo que sentimos ficar provado em algum lugar. E ele nunca será capaz de destruir os cadastros que o coração fez.
É preciso acreditar em alguma coisa. E isso é certo. Acreditar no amor, em Deus ou em qualquer outra coisa que possa existir. Eu já acreditei em muita coisa nessa vida. Nunca acreditei nos contratos. Talvez por isso tantos problemas com bancos. Mas também nunca acreditei nos sentimentos que sinto hoje. Acredite em mim. Contratos não mudam nada nada o que sentimos. E nisso eu acredito.

sexta-feira, 28 de setembro de 2007

A vida em 5 minutos

As coisas passam tão rápido na vida. Pessoas, amigos e até aquele relógio de um tempo atrás. Mas tudo na vida tem um tempo de decisão muito rápido. Quando você pensa muito, já passou. O trêm não espera nem um minuto a mais. E depois é correr atrás. No meu caso, a vida sempre me deu 5 minutos para resolver. Em 5 minutos tinha que mostrar quem eu era. E assim segue até hoje.
Roberto Carlos se tornou ídolo para a vida toda em 5 minutos. Em 5 minutos de genialidade, Pelé se tornou o rei do futebol. Foi me dado só 5 minutos. Já tá na hora da aula. Fica só mais 5 minutinhos, tenho uma coisa pra te dizer. Eu disse. É muito tempo. Por muito pouco tempo de prazer já cometi erros. Em quatro palavras já machuquei alguém. Então teria que aproveitar meus 5 minutos. Aproveitei.
Para uma vida inteira, um fim de semana e cinco minutos talvez tenham o mesmo efeito. Para uma verdade, 5 minutos possivelmente seja o tempo exato. O tempo certo para dizer o que se sente. Quando se perde alguém na vida não adianta pedir mais 5 minutos. Talvez esse seja o tempo que uma criança leve da saida da aula ao meio da rua para ser atropelada. Talvez esse seja o tempo entre o sujeito ser despedido e ganhar na loteria. E no final da história, os 5 minutos sempre tem reflexo na vida inteira.
Para mim, são vários deles. Os 5 minutos de raiva, os 5 minutos de ciúmes, os 5 minutos de fogo e os 5 minutos de saudade. Mas depois disso, chegam os 5 minutos de pensar. Esses talvez são os mais importantes. Cinco minutos perdidos? Nem sempre. São 5 minutos que você deixou de fazer aquilo que não deveria fazer. Ou foi o tempo necessário para ganhar coragem e botar pra fora naqueles outros 5 minutos tudo que há tempos queria falar. E isso reflete em toda vida. Até hoje.
E 5 minutos não foram só mais 5 minutos. E nada mais é como era antes. E cada tempo é aproveitado. Horas, segundos, frações que o relógio não há de cronômetrar. E para uma vida toda, um fim de semana são cinco minutos. Para quem tem saudade, um segundo longe é uma eternidade. Para quem corre muito, cinco minutos não são nada. Para mim, foi só o que precisei para escolher um caminho. Eu escolhi. E vivo isso. E cada cinco minutos de conversa, são cinco minutos a mais de vida. E isso é viver em cinco minutos para vida toda.

quinta-feira, 20 de setembro de 2007

Os anjos


E cada dia se descubre uma coisa nova na vida. E cada dia, antigos pensamentos caem totalmente por terra. Idéias quais nos agarravamos antigamente, em um segundo, acabam virando apenas lembrança de um passado que mal se sabe onde foi parar. A cada dia, muitas coisas acontecem onde não conseguimos ver. E aí que aparecem nossos anjinhos.
O teu anjinho, ficou na condição de anjo. O meu anjinho está aí. O choro que ouves nos sonhos é o choro que a distância não me permite ouvir. O meu anjinho é um pedaço de mim. O teu anjinho é uma lembrança tua. E que também se lembra de ti. E que te cuida. Assim como eu quero cuidar também. Assim como a distância não permite que eu cuide do meu anjinho. E que eu peço toda noite que nunca esqueça de mim.
Na hora da dificuldade teu anjinho tá contigo. Na hora que corres perigo ele te dá proteção. Assim como também meus pensamentos fazem a cada momento. Sempre achei que encontraria alguém que fosse me cuidar, mas em pouco tempo, a vida trás duas pessoas pra mim cuidar. O meu anjinho chora com o dente que tá nascendo. O teu anjinho não chegou a chorar. Mas está contigo em tudo que precisares. Assim como eu. E na que eu passo dificuldade, eu lembro do meu anjinho e sinto força pra continuar. E sinto nele um motivo pra vencer tudo e todos.
E eu que desde pequeno nunca areditei muito em anjo. Talvez nem tenha conversado com o meu um dia. Agora como numa louura começo a falar com eles. Não falei com o meu, que chora quando não está no colo. Falei com o teu. Pedi pra ele me deixar cuidar de ti também. Prometi que te faria a pessoa mais feliz do mundo. E que um dia quem sabe fazer tu sentir a sensação de descobrir o que é um anjinho na tua vida. E que cuidaria dele como não consigo cuidar do meu anjinho. O nosso anjinho nos fará feliz. Não agora talvez. Por enquanto fiquemos assim: Eu com o meu anjinho e tu com o teu. O teu te cuidando e o meu crescendo. Crescem rápido. Os anjinhos. Os sentimentos. Os dentinhos. E o teu anjinho não me respondeu nada com palavras. Apenas me aliviou uma angustia que encomodava. Fez ter mais certeza dos sentimentos.Não consegui ouvir ele. Mas senti. E te senti tão perto de mim. E eu que não tinha nem acreditava em anjos. Vendo tua bondade penso: É um anjo! Meu anjo! Minha paz! E eu que estou tão longe do meu anjinho. Agora acredito. Ele é o motivo de tudo isso.

sexta-feira, 14 de setembro de 2007

A+ (parte 1)


É difícil imaginar o que a distância e os laçoe de sangue podem fazer com uma pessoa. É quase impossível imaginar a alegria de reencontrar alguém que depois de muito tempo de procura encontramos. Ou a alegria de descobrir que no sangue há muito mais que o mesmo tipo. É intrigante acreditar nessas ligações que talvez o tempo não nos explique. Talvez encontre explicação na próxima conversa de bar.
É de dar orgulho a garra com que certas pessoas lutam pela vida. E avida para muitos pode se resumir em dar alegria aos que estão próximos e procurar os que estão longe. Lutar por estes também. E nunca desistir. E quando a luta é vencida, simplesmente sorrir, e dizer como foi bom ter encontrado. Eu nunca desisti. E luto até hoje por gente que não esta perto de mim. Minha luta até que é pequena.
É tão animador a alegria de uma mãe que reencontra o filho depois de muito tempo. É tão aliviante depois de tantas vezes esconder o que eu sentia falar e sentir a leve sensação de se desamarrar. E saber que estou pronto para o que vier. E que tudo vai dar certo. Por que é mais que corpo. É mais que alma. Deve ter alguma coisa de sangue nisso também.
É assim que vai ser para sempre. A palavra não será só mais a palavra. A palavra será mais uma prova da plena dedicação ao amor. Assim como a mãe que reecontra o filho e quer saber tudo da vida dele em menos de 1 dia. Assim como a mãe que reencontra o filho e só quer sentir o calor por mais um segundinho. Assim como o calor que eu tenho para te dar. É mais que corpo. É mais que alma. E talvez seja mais que sangue. É simplesmente, nossa vida!

segunda-feira, 10 de setembro de 2007

E sorrindo assim...


E a felicidade é o estado pleno de em um segundo esquecer os problemas do mundo em um segundo pelo menos. E a felicidade plena é esquecer os problemas do mundo em todos os segundos. E ser feliz é talvez a coisa mais difícil na vida, e talvez aquela que até hoje seja a maior das lutas de todo ser humano. E talvez aquela pergunta que todos tentam saber a resposta:O que é a felicidade. Para mim? Ah, é só te ver sorrindo assim.
A felicidade plena talvez eu nunca consiga chegar. Acredito ser muito racional para conseguir esquecer todos os problemas do mundo para sempre. Mas acredite, o sorriso do amor e o carinho do desejo faz com que por alguns segundos que a vida fique leve, que os fantasmas se tornem lençóis inofensivos, que o riso saia mais fácil, e que enfrentar o hoje se torna muito mais fácil que esperar o ontem. E o que é a felicidade? Ah, e saber que teu sorriso é por amor.
E o dia perfeito não é aquele que se tem um amor do lado. O dia perfeito não é aquele que se ouve um "eu te amo" mas não se vê um "eu te amo". O dia perfeito é aquele que o "eu te amo" da boca é acompanhado de uma demonstração verdadeira. Não prova. Amor não precisa de provas. Dias perfeitos precisam de amor. E de te ver sorrindo assim. Mesmo que não do meu lado, mas dentro do meu coração.
E a lágrima de mais uma despedida. As mãos que se separam na porta do ônibus. E o olho que não olha pra trás. Mas o coração que só olha para frente. Isso é amor verdadeiro? Não sei se para vocês é, para mim sim. E isso é mais um dia perfeito. E isso é mais um passo. E quando tudo volta ao normal, e a gente sente o coração bater mais forte, eu te vejo sorrindo assim, e se matando de rir daqueles que acreditam que não é amor. E sorrindo assim tu acorda no meu coração, assim como foi do meu lado. Sorrindo assim...feliz.

sexta-feira, 31 de agosto de 2007

É bem coisa mesmo

É bem coisa de quem é louco esperar 30 dias um encontro que podia dar em nada. É bem coisa de louco no primeiro encontro pedir em casamento. Mas é mais coisa de louco aceitar. E a loucura rege nossa vida. E a loucura faz pessoas felizes, e faz pessoas ficarem apreensivas. É bem coisa de louco dizer que ama. Eu não sabia fazer isso antes. Agora aprendi.
É bem coisa de guria levar horas para se arrumar. É bem coisa de guri se arrumar em 5 minutos, e se achar legal com a roupa que veste todo dia, porque pra ele aquilo tá bom. É bem coisa de guria gostar de apelidinhos. É bem coisa de guri não se preocupar muito com isso. É bem coisa de guria amar bichinhos e cor de rosa. É bem coisa de guri ficar horas achando alguma coisa para dar de presente, e achar algo nada a ver com ela, mas que faça lembrar dele sempre que vê.
É bem coisa de lunático, fantasiar situações, frases, as brigas e as reconciliações dentro da cabeça em menos de 5 minutos e quando o telefone toca diz "Oi amor, tava com saudade", mesmo que 5 minutos atrás estivesse falando na internet. É bem coisa de lunático ler as coisas com atenção impar, e ignorar os erros de português com amor sem igual. E o amor rege a nossa vida. E isso sim, é bem coisa de quem se ama.
É bem coisa de quem se ama ficar falando 20 minutos no telefone e 2 minutos depois mandar mensagem. É bem coisa de quem se ama ligar 7 da manhã só pra dar bom dia, e dizer que foi bom passar a noite juntos, mesmo em cidades diferentes. É bem coisa de quem se ama chegar em casa de noite e num suspiro cantar o nome do seu amor. É bem coisa de quem se ama fechar os olhos quando fala ao telefone, e colocá-lo no viva voz pra parecer que tá do lado. É bem coisa de quem se ama dizer quando atende o telefone"oi amor" e quando desliga "saudades, me espera". Mas bem coisa de quem ama mesmo é assumir que sente tudo isso como presente de aniversário. E dizer que esse amor é sem igual até hoje na minha vida. É bem coisa de quem se ama ser irracional, mas é bem coisa do nosso amor ser racional ao mesmo tempo. É bem coisa minha escrever isso aqui:Parabéns.Te amo.

sábado, 25 de agosto de 2007

Como Albert diria


Tudo é relativo. Albert já diria isso. E olhem que Albert era físico. Algum filosofo também falou. Mas estes vivem dos pensamentos. Albert é físico. E o contato físico tem feito bastante falta. Mas tudo é relativo. E o que sinto não é só físico. É muito maior que isso. É corpo, alma e coração. Meu corpo sente falta. Minha alma não fala, ela sente. E sente que quando duas almas se aproximam muito quando o coração ama. E que mesmo os gostos dos corpos não sejam os mesmos. Os corações tem o mesmo ideal.
Albert era gênio mesmo. Sabia que tudo era relativo. Mas será que ele conseguia colocar a relatividade na vida dele o tempo inteiro? Tudo bem, a relatividade dele não devia ter nada a ver com relação nenhuma. Mas agora eu trago ela pra minha vida. E na minha vida, essas coisas são relativas. Tem pessoas do meu lado que não estão fisicamente comigo. Mas estão tão presentes na minha vida que me pergunto se não estão realmente aqui. E acredito que estejam. E tudo é relativo.
E quando os corpos se reencontrarem? O que será de nós? É apenas o encontro pleno. Das três fases. O coração, o corpo e a alma. E que a entrega seja de corpo e alma. Como um dia se quis em alguma canção. Como algum dia todo mundo sonhou pra si. Um amor que seja de corpo e alma. Mas a maioria das pessoas se contenta apenas com o corpo. E quando isso acaba, acabou. Que seja de corpo e alma. E isso não é relativo. Isso é felicidade. Isso é amor. E a relatividade do amor eu desvendo cada dia mais.
E como diria Charlie, muita gente tem forma mas não tem conteúdo. E nosso amor tem muito conteúdo. E como diria eu ontem de noite, o que vem fácil, vai fácil. E como diria algum gênio em algum bar da cidade, amor a distância nunca dá certo. Distância? Bobagem de alguém que nunca amou assim. E como diria Albert, tudo é relativo. Menos a certeza do que sinto. E que cada dia aumenta mais e mais. Relativo. Está do meu lado. Sinto. E o físico que me contou.

sexta-feira, 17 de agosto de 2007

A fragilidade dos sonhos


E nessas horas eu penso quem realmente sou. E nessas horas que fico pensando porque tudo parecer tão lento. Nessas horas que peço pro brinquedo acabar, que falo pro tempo: "Será que vou ter tudo isso de volta?" Nessas horas que eu vejo que os sonhos são tão frágeis. E depois me pergunto: "Será que eu não sonho de mais?" Não adianta. Eu não vivo apenas dos sonhos. E eu não nasci pra assistir a vida pela janela e esperar que alguém decida por mim. Tenho que atuar. Sei esperar. Mas tenho que fazer algo para que o tempo não seja assim tão impiedoso. Os sonhos são frágeis. Como uma pena. É uma pena, tenho sonhado de mais. Dêem um grito: VOLTA PRA TERRA. Assim quem sabe eu consiga realizar a vida.
E quando todo mundo me dá apoio, eu luto. Quando ninguém me dá apoio, eu luto sozinho, nunca tive medo da luta. Mas acho que estou apanhando de mais. Penso que talvez não valha tanto apena essas sicatrizes. A razão da força segue. E seguem me dando força. Mas quanto mais o tempo passa e menos consigo fazer, mais eu procuro uma força que não sei de onde tirar. já gastei muito dela pensando no que fazer. Já gastei o resto todo fazendo. E acabei com o amargo gosto de ter gasto toda minha energia para resultado nenhum. Eu não sei ser passageiro. Tenho que guiar. E tenho que parar de sonhar um pouquinho também. Por que até meus sonhos tem me tirado o sono.
E quando a verdade dói no coração. Quando a saudade dói, quando a sensação do que parecia ser realidade fugindo dói. É quando percebo que não consigo ficar alheio ao que sinto. Que por mais que eu me prometa que não vou dar bola, sei que não consigo ficar sentado esperando que o futuro se decida. Tenho um coração no peito. Tenho sangue nas veias. Tenho vontades e metas. Tenho muitas metas. Tenho muitos sonhos. E talvez esse seja o grande problema. Tenho muitos sonhos. Eu sonho de mais. Nunca achei que isso pudesse me fazer mal. Mas agora está. Por que estou sentindo um sonho se escapando. Por que estou percebendo o quanto os sonhos são frágeis. O quanto eu não sou sou tão forte assim. O quanto a vida é dura. E o quanto é difícil estar tão perto da hora de dizer: Eu perdi. Ainda não me declarei derrotado. Mas estou cada dia mais me aproximando do algóz. Não me declarei derrotado. Mas estou com força do agonizante. Estou ansioso. E pensando: Sonho de mais.

segunda-feira, 13 de agosto de 2007

Rascunhos da ontem de noite


São 10:15 da noite do sábado. No meu quarto, uma bagunça resultante da tentativa de organizar. O barulho dos outros quartos atrapalha minha leitura. O barulho dos outros quartos também afasta um pouco o sono. A sensação de distância e saudade parece maior pelo fato de não me sentir em casa aqui. São 10:16 da noite de sábado. Mesmo com todo esse cenário amanhã é dia dos pais.

Confesso, não era assim que sonhava o meu primeiro dia dos pais do outro lado da história. A cama de casal se transformou na desconfortável cama de madeira do hotel. O som da TV ligada ao fundo é a única coisa que pode parecer com o sonho. Mesmo no meio de tantas pessoas, a única pessoa que realmente queria ver nesse dia não verei. A não ser pelas fotos do telefone. A não ser pelas fotos no computador.

Nunca fui tão ligado assim a datas comemorativas. Sempre passei o dia dos pais com meus pais e o das mães com minha mãe. Nunca pensei que meu primeiro dia dos pais do outro lado da história ia ser longe do meu pai e do meu filho. E são 10:22 da noite de sábado. O único pedido que fiz hoje foi que o próximo não seja assim. Nem o próximo dia e nem o próximo filho. Que eu consiga acompanhar ele crescer como não consigo acompanhá-lo agora. Espero que um dia me entenda por tudo que acontece atualmente Que um dia com minha família, a que criou e a que se formará, consiga passar esse domingo tão cheio de nostalgia e amizade juntos. Todos. Não desejo essa solidão para ninguém.

E são 10:25 da noite de sábado. A música que toca no lado me distrai por um instante, mesmo eu nem gostando. E tudo isso é o que consigo fazer. Pensar num jeito de como me distrair amanhã. como passarei esse dia. Não sei E talvez ninguém consiga me responder com antecedência. E agora, às 10:30 da noite da véspera do primeiro dia dos paos do outro lado da história, longe do meu pai, do meu vô-pai e do meu filho, eu vou tentar dormir, mesmo que a cabeça não descanse, mesmo que o sono demore um pouco, eu vou apagar a luz e pedir: Que ano que vem não seja assim, nem para mim, nem para meu pai e nem para o meu filho.

sexta-feira, 10 de agosto de 2007

Me dá a mão?


Ando muito. A cidade inteira. E nada. Passo por tantas ruas que até agora não me disseram nada. Enquanto isso a vida vai passando. O mundo vai girando. O foco vai se perdendo e muitas coisas acabam perdendo o sentido. Essas ruas que eu passo. São difíceis atravessar. Às vezes da uma vontade de não tentar chegar ao outro lado. E isso parece tão forte às vezes. Mas e daí? Tenho tanta gente me esperando do outro lado da rua. Não atravessar pode significar fazer tanta gente triste. E eu como uma criança peço: Me dá a mão? E não tem mão nenhuma. Mas tem teu coração. E o coração de tantas pessoas que querem que eu chegue do outro lado. Isso me dá força.

Ando muito. As pernas estão cansando. De mansinho eu vou sentindo um cansaço. E as pernas vão pesando. O peso que já perdi caminhando parece ter ido todo para as pernas. E isso faz com que atravessar a rua fique cada vez mais difícil. Tantos carros e tanta gente ao mesmo tempo que parecem não querer deixar eu chegar do outro lado. E a tua mão que eu não sinto na carne mas sinto na alma tentando me ajudar a conseguir atravessar isso é a única alegria da minha vida.

Tenho falado muito. Sozinho. Com Deus. Com minha consciência. Com minha razão. Com meu coração. E todo esse esforço, toda essa luta, fazem com que no fim do dia quase não tenha forças p'ra falar. Que a falta da minha voz é na verdade a hora que o coração tá reabastecendo a energia com a tua voz. Com o teu amor. Que é como o meu. Que tuas palavras são a mão que eu tanto peço para atravessar a rua. E a gente desliga o telefone. E eu durmo. Com a cabeça pesada. Com o coração na mão. Com o teu coração no meu. Com sono. Cansado. Essa procura tá me cansando de mais. E eu só peço p'ra ti mais um pouquinho: Me dá a mão? Isso passa.. é só por enquanto. E durmo. Sem saber se vou conseguir atravessar a rua, mas com a certeza que não estou sozinho. Me dá a mão? Não, te dou meu coração e minha dedicação. E a gente vai passar por isso. Me dá a mão? E eu durmo. E os carros seguem passando, mas luto, em mim eles não hão de tocar...Me dá a mão?

terça-feira, 7 de agosto de 2007

O teu relógio não pára


E a gente segue feliz. E nós estamos distante. E quando menos esperar, estarei de volta. O teu relógio não pára. E a distância não me faz bem, mas me faz feliz saber que mesmo de longe posso contar contigo. Mas o teu relógio não pára. E o meu coração em alguns momentos parece que vai parar de tanta saudade. Mas não, e tenho que seguir minha vida, por que meu relógio também não pára, mas está andando tão devagar.

E a gente segue se amando. E você vai me esperar? E eu sigo forte. A correria do teu trabalho não pára, mas às vezes parece ser tão secundário. O meu desespero para conseguir um emprego é tão estressante, mas parece tão banal quando antes de dormir o meu telefone toca e ouço tua voz. "Te amo", e eu cansado, só consigo responder também. Mas meu coração se enche de força para o amanhã, que agora é hoje, e aí eu percebo: O nosso relógio não pára, e isso me faz saber que hoje falta menos que ontem, e novamente chovo no molhado.

E se teu relógio não pára, se minha vida segue correndo, como estaremos quando do novo encontro? Diferentes. Muito. As pessoas não param, e nós, não sei por que mudamos tão rápido. Isso é bom. Estamos crescendo rápido. E estamos crescendo juntos. E quando eu deito e penso em largar tudo lembro das palavras: "Vou gostar de ti de qualquer jeito, quero o todo", e me acalmo. Durmo feliz? Não, às vezes até choro um pouco para aliviar, mas durmo mais confiante.

Não. Não quero que teu relógio pare, quero apenas que ele ande junto com o meu. E sempre seremos dois relógios. Que às vezes um pode andar mais rápido que o outro, ou um mais cansado. Mas um tá do lado do outro para trocar a pilha. Para não deixar cair. O humor, o amor, a saudade e a verdade. A nossa verdade. A nossa saudade é de verdade. Nosso amor também. E uma certeza simples: O teu relógio não pára, e eu acompanho ele, por que o teu também acompanha o meu, e assim seguimos...

sexta-feira, 3 de agosto de 2007

Agosto do cachorro louco


As brigas com o tempo não parecem acabar nunca. Para ninguém. E quando abri os olhos, já era agosto. Já era hora de voltar. Agosto sim. O mês do cachorro louco. O mês que começa com o aniversário do meu pai e acaba com o aniversário da esperança no futuro. Essa esperança que quase fez com que não voltasse. Mas também, por essa esperança que voltei. Por essa esperança, pelo futuro e por mim. E já é agosto. Quando comecei tudo isso tinha claro na minha mente que chegaria esta hora. Não sabia que era tão difícil. Também não sabia que eu era tão forte. Quando brincava dizendo "o verão tá aí", não sabia que esse primeiro dia seria tão difícil.

O tempo já fez com que desistisse de muitas coisas. O tempo já fez que muitos planos enferrujassem jogado no sol e que muitos outros ficassem amarelados numa estante guardado no fundo do meu coração e do meu cérebro. Este plano não. Este está vivo como um cachorro que é tratado com todo carinho. Não sei quem enlouquece primeiro. Eu ou o cachorro. As histórias incríveis que tenho contado pro meu perigam fazer com que ele fique louco de vez. Não só em agosto. Até por que esse agosto está só começando. Tem outro ainda, o último. Depois difícil será conter minha loucura. Não sabia que era tão forte. Foi o sono mal dormido no sofá. Eu e minha jaqueta laranja. Eu e meu cachorro de laranja. Louco é quem conversa com cachorro? Não sei. Mas esse ainda é o mês dele.

Falando em mês. Quando agosto acabar, ou quando setembro começar, estarei pronto para tomar uma decisão importantíssima. Se viverei a vida feliz, ou se ficarei conversando por mais algum tempo com meu cachorro. Isso parece papo de louco. E meu nome não é osso para estar na boca de cachorro. O cheiro do teu perfume no meu cachorro me fez dormir feliz. Me fez acordar bem. Respirei fundo nele e parti para o dia. Um novo dia. Uma nova manhã. Um novo desafio. A vida é feita deles. E nós só conseguimos saber se somos realmente capazes se no final deles olhar e dizer: Foi difícil, mas conseguimos. Espero um dia repetir isso aqui. Para ser mais exato daqui 16 meses. Isso demora? Mais um agosto e pouco. Quando este agosto acabar estarei contigo. Contigo e com o meu cachorro. Louco? Eu mais que ele. Louco a ponto de chamar o tempo que falta de agosto. A gosto? Não, a contra-gosto. Mas isso faz com que sejamos fortes. E eu, sinceramente, não sabia que era tão louco por ti assim.

sábado, 28 de julho de 2007

O sentimento mais inteligente que já tive


Nos últimos dias tenho pensado bastante no futuro. Não consigo não pensar assim. É meu jeito. Nos últimos dias tenho pensado muito no presente. E por conseqüência no passado. No passado sim. Para mim o maior erro quando duas pessoas tentam viver juntas é a tentativa de esquecer o passado e começar tudo de novo. Isso não existe. Eu não sabia disso. Por isso, talvez tivesse tanto medo de assumir qualquer espécie de sentimento que não fosse prazer próprio. Eu tenho um passado. As pessoas também. E hoje em dia afirmo: Convivo com o teu passado. Conviverás com o meu passado. Isso faz com que consiga ter certeza do que sinto. Isso faz com que eu afirme: Esse é o sentimento mais inteligente que já tive. E melhor ainda, vivo ele.
Não entendo hoje como consigo ficar horas e horas conversando sem vontade de dar um beijo. Hoje também não entendo como consigo beijar horas e horas sem querer falar nada. Tudo bem, eu entendo sim. É maduro. É de gente grande. É um homem e uma mulher. Ou seria uma flor? Que desabrocha. Que quer crescer. Que quer ser algo mais na vida. Que eu quero ter comigo junto na minha vida. A flor que desabrocha. É assim que sinto. E tento colaborar com o que eu posso. E quando não posso fico quietinho. Fico como uma estufa esquentando a flor. Antigamente já seria motivo para crise. Hoje não. É inteligente. E por isso afirmo: Esse é o sentimento mais maduro que já senti na minha vida.
Acredite em mim. Nossas lutas na vida são apenas a tentativa de mudar nosso passado. Não o passado que nós vivemos, mas sim o passado que a gente não quer repetir de outras pessoas. Hoje posso te dizer que já vivi um pouco. Não sou velho. Ainda tenho muito para viver. Mas já errei muito. Cometi erros que abominava nos meus pais. Cometi erros que criticava nos outros. E agora nessa fase da vida posso dizer: Errar me fez viver mais. E me fez ver que ninguém é perfeito pra ninguém. Que ninguém é de ninguém. São duas vidas. Por isso agora posso ter certeza: Esse é o sentimento que eu mais vivi até hoje.
E enfim, não confunda as coisas. Liberdade e independência são coisas completamente diferentes. Hoje vivo independente. Mas as responsabilidades muitas vezes nos tiram a liberdade. A liberdade só consigo sentir quando consigo falar tudo aquilo que penso. E nem sempre as pessoas querem ouvir. Tu me ouve. Tu me entende. Eu te entendo. Isso é felicidade? Não sei. Mas estou muito feliz. E por uma única razão que posso dizer agora: Esse é sentimento mais inteligente que já tive. E graças a Deus. Eu tenho.

quarta-feira, 11 de julho de 2007

O que vem depois


As coisas são tão simples. Cada dia mais isso fica claro para mim. E cada dia mais eu tento complicar. Por simples costume ou por simplesmente não saber como fazer o contrário. Burrice. A vida é tão simples. Simples como um abraço. Simples como um beijo. Simples como a sensação de "é de verdade". Por que eu complico tanto? Deve ser porque não sei o que vem depois. E o que vem depois?

Incrível. O primeiro olhar na noite quente do inverno. O primeiro beijo antes da primeira palavra. Palavras? Aquele momento não era para palavras. Já tinham ido muitas, e muitas ainda viriam. Aquele momento era só sentimento, na essência da palavra. Sentir o cheiro. Sentir os cabelos. Sentir o coração batendo forte. Ou sentindo a boca tremer do nervosísmo. Puro sentimento. Pura verdade. Tão simples. As coisas são simples, não?

A primeira conversa, numa mistura de velhos conhecidos com o olhar de recém-nascidos, que prestavam atenção em tudo. Nos gestos, nos olhares, no jeito de falar, ns caretas, em tudo. E que ao mesmo tempo se misturava com um sentimento único de naturalidade de recém-chegados. Nada atrapalharia. Nada atrapalhou. a noite seguiu. A vida seguiu. A vida segue. E eu com a mesma mania de planejar tudo.


Admito. Não sei como recuperar isso. Sou um pouco sonhador. Sou um pouco racional. E muitas vezes o racional e o sonhador se encontram. E então o sonho se torna projeto. Como eu faço para isso não acontecer? Não sei. Mas eles se encontram volta-e-meia. Não é por maudade. Não quero perder instante algum. Não se tem tanto tempo assim. Quero viver. Me sinto vivo. No pior da depressão não me importaria com a partida. Agora quero viver. E quero cuidar de um coração, como prometi no começo.

E assim se encerrou o primeiro capítulo. E assim está começando o segundo. Quantos livros terá este livro? Não parei para pensar ainda. Também não vejo o fim. Não quero perder tempo pensando nisso. Não se tem tanto tempo assim. Só sei que o primeiro acabou como eu sonhei, não como planejei. Estava no script. Só que não tinha lido antes. Ainda bem. A vida nos obriga a viver com as surpresas. Se todas fossem boas como esta. Me sinto vivo. Quero escrever vários capítulos. Até aonde não sei. Várias páginas em branco. A tinta e a caneta. A poesia e a sabedoria. As coisas são tão simples. Ainda bem.

sábado, 30 de junho de 2007

O que eu estava fazendo?


Falta pouco, muito pouco. Ontem pensava o que faria amanhã. Hoje, penso no como foi bom chegar até aqui, e que o amanhã será apenas resultado de nosso esforço para suportar todos infortunos da distância. Ontem, fazia tempestade ao pensar no como eu reagiria quando tivesse que voltar. Hoje, penso que tudo está tão bom e tão feliz que não vale a pena perder tempo com isso. "Preocupação só esmaga nossos pensamentos bons".


Aprendi. Não aprendi a conviver com as dúvidas. Sou burro por isso? Talvez. Mas elas ainda estão presentes. Porém, nem tudo que está presente quer dizer que está incomodando. Administrei. Botei a bola no chão. Coloquei a cabeça na água fria. Mergulhei de cabeça. Na água e na gente. Tenho medo de me afogar. Não tenho medo do estar aí. Tenho medo do não estar. Estou indo, espere. É só contar. Já contamos tanto, um pro outro a nossa vida. Assim estamos nos conhecendo. E assim estamos esperando. Contando dias.


Não tenho muito que dizer. Só que esperar. Tudo já foi dito. Agora precisa ser agido. Vou passar o fim de semana arrumando as coisas para a viagem e para a mudança. Isso vai render alguma coisa segunda. Isso vai render alguma música para a banda. Espero que essa expectativa renda muita alegria. Por que já é. Só falta saber o que. E isso vamos ter que resolver sem o Silvio Santos. Só um olhar. E o que fazer?


Cinco é pouco. É uma mão cheia. Quando a gente conversar de novo já serão dois. E agora? O que eu estava fazendo? Não lembro. Só espero. Ando te respirando. Meu sono voltou. Um dia pelo menos. Espero que seja por cinco. Espero os cinco. Não sei esperar, mas estou aprendendo a viver. E esperar faz parte da vida. A poesia e a sabedoria. O que será desse encontro? Não sei. Faísca? Fogo? fumaça? Cinzas? Não sei. Me ensinasse a esperar. Me espera? Falta tão pouco.

terça-feira, 26 de junho de 2007

Os irmãos que a vida nos dá


Hoje eu queria brincar que o dia estava triste. Logo pela manhã meu dia ficou realmente triste. Mesmo estudando jornalismo, às vezes ainda duvido que notícias antigas tenham capacidade de abalar. Essa teve. Meio por boatos, meio por fofoca, mas verdade. Meu dia começou triste por uma notícia já passado. Parecia até mentira. O amigo que nos faz sorrir está um pouco mais triste. E é pra ele que eu escrevo hoje. Com o maior sentimento de dor que um irmão pode ter. irmão que a vida fez. Não de sangue. O sangue é a tristeza dele.
Com os irmãos que a vida nos dá, também brigamos. Muito. Ou apenas uma. Mas que foi mais difícil que qualquer outra briga tola. Mas falemos das coisas boas. Das risadas por sua gagueira, ou pelas suas piadas capciosas. Hoje o riso está mais triste. 'Não toma todo meu refri','vamo joga la em casa?', ' e aí seu'. Simples assim. Como um abraço. Raros. Mas verdadeiros. Como jogar vídeo-game. Hoje a piada não tem tanta graça. E é difícil escrever. Hoje o dia está mais triste.
Os irmãos que a vida nos dá, as vezes são os melhores subterfúgios para os problemas que a vida nos impõe. Como quando depois de uma briga em casa passar a noite comentando sobre a viagem para a praia. Não ando acreditando em muita coisa, mas às vezes eu queria crêr só para acabar com a saudade. A saudade... o jogador acordou saudoso. A saudade só tem uma utilidade. Fazer a gente saber que a distância é uma das poucas formas de valorizar alguém e que só a partir disso, pegar um pouco do que aprendemos e colocarmos em prática. Por respeito, por carinho ou por saudade.
Não sei se eu estou ajudando ou atrapalhando. Mas acredite que amanhã tudo vai estar normal. O riso vai estar mais forte. O jogador mais preparado para a próxima jogada e o amigo vai seguir fazendo a gente sorrir. Mais forte. ''Vamo' puxa um ferro lá em casa?'. Odeio livros de auto-ajuda. Estou tentando não dispensar os amigos de auto-ajuda. A dor é inevitável. Trazer os controles do play não vai adiantar. É totalmente necessária. Não sei se estou ajudando, mas queria dizer que pode contar comigo. Simples assim. Como sempre. Como um pagode. Ou como 'o pagodeiro'. Irmão é para isso.

sexta-feira, 22 de junho de 2007

A Mulher da minha vida

Essa não é uma declaração de amor. Fique claro isso antes de qualquer conclusão precipitada. Precipitações. A vida é cheia dessas. E foi assim que nasceu minha vida. Em meio a confusões e milongas. Em meio a tanta gente. Assim que minha vida veio. Eu muitos vezes acredito que não sei andar sozinho. A minha vida eu tenho certeza, não sabe. Ela precisa de alguém para apoiar. E é para essa pessoa que eu escrevo.

As loucuras da juventude foram o que fizeram minha vida nascer. Eu mudei em muita coisa. Mas se comparar com quem acorda de noite por causa de minha vida, não mudei nada. Hoje eu não sou mais um moleque. Não sei se posso me considerar um homem feito. Hoje, mesmo ainda completando idade de criança, vejo uma mulher cuidando da minha vida. Com muito amor. Amor diferente. Que a maioria das meninas da sua idade não conhecem. Mas que aposto que hoje não trocaria por nada. Amor. Talvez por isso que minha vida esteja aí hoje. Por falta de amor meu. Só meu. Admito. Falta de amor por quem cuida da minha vida e falta de amor por mim mesmo.

Hoje já tem dezenove. E é só dezenove. Tudo depende do referencial. Referência. Ela é a referência da minha vida. O primeiro contato. Os primeiros dias. Os primeiros choros. Os nove meses antes. Que para mim foram três. Só três? Pareceram anos. Anos que eu não vou conviver com minha vida. A distância. O trabalho. Para que um dia efetivamente eu possa garantir que minha vida não precise passar por tudo que eu passo. E sem deixar de dar o carinho. Carinho como o que a mulher da minha vida dedica.

Isto não é uma declaração de amor. Isso é uma declaração de respeito. Uma demonstração de carinho, que no final da história foram os dois sentimentos que consigo te dedicar. O respeito que tanto me faltou no passado, agora é uma mera formalidade, por que consegues segurar tudo com valentia. A minha vida cresce. A minha vida está maior. Tomo susto a cada nova foto. Como a vida cresce. Eu não sabia com dizer isto. Hoje é o primeiro dia que não comemoras sozinha. Hoje tens um amor de verdade. Teu amor. Nosso amor. O amor da minha vida. Romances ainda teremos muitos. Amores também. Mas esse é o primeiro. Essa é minha vida. E tu é a mulher da minha vida, e isto, não é uma declaração de amor, apenas a forma que arranjei de te dizer: Feliz Aniversário!

terça-feira, 19 de junho de 2007

Por que não escutar


Eu estou impressionado com meu poder de persoasão no clima. Está bom de mais. Minha vida se encaminha para caminhos bons, com o perdão do redundante, com o perdão do leitor, que talvez um dia se canse de mim. Com o perdão de quem eu finjo não escutar. E com a boa vontade do pessoal que está longe. Com a boa saudade de quem eu não vejo há muito tempo. Existe boa saudade. Estou aprendendo isso, aos poucos.


Hoje tudo parece perfeito. O estresse do trabalho, o estresse da aula, pressões do mundo, a preocupação com o futuro, as desilusões do passado, tudo faz parte do nosso crescimento. Até algum tempo isso fazia parte daquilo que me atordoava. Agora também estou fingindo não ouvir isso. Aprendi a concentrar meu olhar no futuro. Mesmo que eu esteja olhando para todos os lados te procurando, inutilmente, mas sei onde quero chegar.


A manhã foi perfeita. Perfeição é a sensação ingênua do último segundo vivído. Um jogo de futebol que meu time ganhou foi perfeito. Os problemas no caminho foram esquecidos. Assim sendo, minha manhã foi perfeita. Com uma conversa que talvez não tenho nos levado para lugar algum. Ou talvez tenha nos levado ao lugar mais importante. A companhia. O conhecimento mútuo. Simples assim. Sem frases poéticas. Singelo. Perfeito.


As brigas já estão com dia e hora marcada. Ou melhor. Já tem motivos para acontecer. Mas é isso que vai nos tornando tão feliz. Nada de anarquismo, liberdade sim. Somos livres. Somos difíceis. Somos raros. Feitos um para o outro ou feitos um do outro? Não sei. Quem sabe nenhum dos dois. Quem sabe os dois. São fases. Parece um deja-vu esta conversa. Talvez esse calor seja apenas o sol daqui que me aqueça. Não deixe a chuva te molhar. Não brigue tanto assim. Ou brigue, por que eu vou seguir finjindo não ouvir, só para nós sermos felizes.

sexta-feira, 15 de junho de 2007

O sono


A noite, o dia, a tarde, a manhã e a noite. Um ciclo. Um dia. Uma semana. Um mês. Já faz um ano? Nem parece. Só tenho uma certeza. 'Você desliga o telefone se eu ficar muito abstrato'. Uma briga. Um carinho. Uma ternura. Um telefonema enganado. Um alô. Eu atendendo. Um susto. Uma desatenção. A verdade. A paz. Tua voz segue igual. A minha voz de sono. Você ficou tão real ao telefone. Parecia estar aqui. Uma certeza. 'Você desliga o telefone se eu ficar muito abstrato'!

Esse sentimento na verdade é tão abstrato quando o primeiro parágrafo. Tão longe. Eu ando meio abstrato. Me preparando para o encontro. Sentimento tão abstrato. E não é que desligou o telefone mesmo. Parecia desanimo. Jurou que era vergonha. Jurar. Prometer. Por que prometer? 'Vamos viver tudo que há pra viver, vamos nos permitir'. Vivendo isso como se fosse um sonho.

Um sonho. Essa abstração de sentimentos tem causado efeitos contraditórios. Um dia eu não durmo olhando feito bobo olhando as mensagens do celular. Em outro, que fiz bobagem, durmo tanto que acordo com mais sono ainda. Sono. É isso que o computador me dá quando não estás aqui. Nada me interessa. Nem meu jogo preferido. Nem nada. Feito um bobo. Um abstrato. E nem tinha meu telefone. Traumatizante. Tranquilizante.

Não sei como seguir. Sei que tenho que chegar. Não sei mais nada. O mergulho é profundo. A filosofia hoje também. É Platão. É platônico. Também vi no domingo. Um escreve o outro respondem. Um fala, o outro emudece. Não sei o que vai acontecer quando chegar a hora. Digo 'oi'? Digo 'tudo bem'? Digo nada? Digo que tenho apenas uma certeza. Não era briga. Era afeto. Era um olhar de quem não se vê. O olhar acanhado. Uma certeza. "você desliga o telefone se eu ficar muito abstrato". Você desligou. E eu dormi. O sono.

quinta-feira, 14 de junho de 2007

Não fecho os olhos




Hoje foi meu dia mais para baixo da última semana. Sim faz uma semana. Não sei por que fiquei assim. Mas desde ontem de noite estou com a sensação de que tudo é uma grande ilusão. De que daqui a pouco vou acordar e perceber que nada aconteceu. Tudo é tão rápido tudo é tão intenso. Isso me assusta um pouco. Quem já apanhou tanto da vida acaba criando um escudo, um tanto quanto egocentrico é verdade, que me faz nunca me atirar de cabeça.


Hoje foi o dia mais estranho de todos. Tava calor mas parecia estar frio. Ou tava frio e parecia calor? Não tenho muita certeza, mas por via das duvidas não tirei a jaqueta. A sensação não era de insensibilidade. Acho que eu sentia tudo ao mesmo tempo. Tava meio estranho. Uma sensação angustiante de que nada daria certo, e dessa vez não por culpa minha, não por culpa de ninguém, simplismente parecia que tudo era fictício. Isso me acalma um pouco. O ritmo estava muito intenso.


Não sei se já disse, mas hoje o dia foi cansativo. Parecia que eu tinha que resolver alguma coisa que não tem solução. Esse sentimento passou a noite comigo. Ás oito da manhã voltou rasgando, tentei amenizar, não passou. Passou por volta das 6 da tarde. E foi mais estranho ainda. Me deu uma estranha sensação de alívio. Um alívio imediato? Provavelmente. Mas ainda faltam algumas semanas para o alívio real, ou para o caos total? Não sei. Mas o alívio foi grande. Tentei falar. Acho que não precisava. Não falei. Mas a presença naquele momento já se bastava.


Hoje o dia foi estranho. Foi o dia mais para baixo da última semana. E o mais cansativo também. Mas veio o alívio. Veio a chuva. Tirei a jaqueta. Fechei a janela. Comecei a escrever sem saber onde chegar. Agora eu sei. Afinal, tá tudo muito estranho. Se eu fecho os olhos só me vem uma imagem na cabeça. E uma música. A mesma sempre. Tenho que dar mais alternativas a imagem. Para a música talvez não. Agora o alívio veio. Posso fechar os olhos e ficar feliz de novo.

segunda-feira, 11 de junho de 2007

A essência


Novamente o fim de semana foi agitado como tartaruga fora d'àgua. Mas nem tudo foi tão perdido. Enquanto mexia em velhos bilhetes a procura de um que prometi achar, encontrei outros tantos que nem lembrava mais. A promessa está aqui. Encontrei coisas que estavam escondidas há tempos.

Quando eu escrevia era tão mecânico quanto falso. Muitos que me escreveram também. Tinha ali também declarações de amizade eterna que talvez com muito esforço lembre do rosto. Mas também tem aqueles recados tão simples quanto verdadeiros, que me fizeram ter a real noção da importância do momento. O momento tão único que mesmo depois de três anos ainda consigo sentir saudade. Ainda consigo ler os recados verdadeiros e quase chorar. Ainda consigo me lembrar como eu era feliz ali.

A vida tem caminhos tortuosos. Os anos passaram violentamente rápido, por mais que o sentimento faça parecer ter demorado tanto a passar. Mas três anos passaram. Eu mudei, minha vida mudou de mais, o sentimento ao ler os bilhetes não. Saiba dar valor para isso. Eu valorizava. Muito. Era a base da minha vida.

Me distanciei. Meus amigos mais verdadeiros tem essa base. É triste ver que tanto eu insistia para quem se afastava voltar e agora tenho que pôr como meta de férias eu voltar. É triste. Tenho sorte de ter essas pessoas ao meu lado. Mesmo quando eu fechava os olhos e pensava coisas ruins eles estavam lá.

Agora estou bem feliz. Quero fazer alguém feliz de verdade. E esse talvez seja o motivo que eu queira voltar. Esse foi o motivo que eu voltei aos recados. Éncontrei o teu. Encontrei inspiração. Outra canção saiu quase sem querer. A bermuda segue ligada. A lembrança ao ler os bilhetes seguem a mesma. A vida tem caminhos tortuosos. A essência segue a mesma.

sexta-feira, 8 de junho de 2007

Bom dia sol!!!

A festa acabou cedo. O dia seguinte começou tarde. Mas começou muito bom. Meu humor e o clima estão cada dia mais afinados. O sol realmente apareceu. Parece um sonho. Um sonho. Foi isso que eu fiz de tarde. Conforme disse anteriormente, não seria um feriado comum. E o ambiente era convidativo a sair. Peguei meu violão e meu caderno de composições e fui para a rua.

Numa grama, num morro. Eu, meu violão, meu caderninho e o sol brilhando. Escrevi uma música só. Tava bom de mais ali. Deitei na grama. O violão do lado. Não resisti. Dormi. E nessa hora que começa o meu sonho. Foi tudo muito estranho. Sai de casa para não pensar nisso tudo. No sono eu queria paz. Encontrei tranqüilidade. Até ali te encontrei. Foi estranho.

Foi estranho sonhar ali, pois o sonho vinha ao encontro do que pensava. Consegui ver até onde não tinha visto antes com ninguém. Te vi reclamando da barba que faz um mês que não faço. Me vi te fazendo carinho. Te vi do meu lado. Foi estranho. Parecia tão real. De verdade. Te senti ali do lado. Mesmo sem nunca ter estado tão perto.

Acordei assustado. Acordei com uma sensação de cama vazia. Como se faltasse alguém ali. Um delírio total. Mas faltava mesmo. Voltei para casa. Deitei na minha cama. A sensação continuava. O telefone não tocava. "Sonho parece verdade quando a gente esquece de acordar". " Você ligou e a noite veio". Corri. Era mesmo. Tremi como se estivesse te vendo. O sol voltou como minha alegria. Sonhei. Um sonho bom. Nem lembrava como era bom ter um sonho bom. Que não seja só sonho. Mas a pergunta que me faço até agora é: Será que eu faço a barba?

quinta-feira, 7 de junho de 2007

Véspera de feriado


Amanhã é outra vez feriado. Outro dia que eu vou ficar em casa estudando, assistindo televisão ou qualquer coisa assim. Amanhã outra vez eu queria estar aí. Outra vez. A minha rotina do óscio de feriado seguirá praticamente a mesma. A festa hoje a noite será apenas uma quebra dela. Amanhã para ti não será apenas mais um feriado, e isso sim vai mudar a minha rotina.

Hoje o dia se encaminhava para mais um dia normal. Todo o 'rebuliço' do dia-a-dia misturado com a calmaria da véspera de feriado. O que tu me falou mudou tudo. Para mim bastante, para ti muito mais. Amanhã definitivamente não vai ser um feriado normal para ti. A rotina de alguns meses provavelmente será quebrada. E eu vou ficar aqui pensando: "Vai acordar e se sentir livre ou vai levantar e se sentir sozinha?"

Não consegui esconder o fio de alegria que me escapou como um sorriso tolo. Foi momentâneo, acredite. O jeito com que recebi a notícia não permitiu felicidade plena. Se bem que essa vai demorar a existir. Fiquei encomodado. Pela primeira vez entendi os efeitos da distância. Mas pela primeira vez entendi o benefício dela também. Minha presença do teu lado hoje poderia ser apenas pressão. Estar aqui para conversar pode ser conforto. Seu, para mim ainda é um pouco desconfortável tudo isso.

Entendi quando me disseste minha parcela de 'culpa' nisso tudo. ASSUSTADOR. Vá que um dia descubra que não foi nada disso e tinha meu pedaço nessa decepção. TRANQÜILIZANTE. Pois eu sei o que sinto e isso faz com o que venha daqui por diante seja apenas um passo a cada dia. Dia.. hoje faltam 30... amanhã faltarão 29... e assim por diante. Pouquíssimo tempo que vai parecer eternidade.

E o feriado vem chegando. Amanhã será um feriado como todos os outros. Não para ti, não para mim. A distância não é eterna, tem solução. Tudo tem solução, mesmo eu gostando tanto de problematizar as coisas, tudo tem solução. Que o que acabou hoje seja o início do que começamos semana passada. Não estou pressionando, estou tentando confortar. O amanhã pode ser mais feliz do que o ontem se tornou. Amanhã a rotina do feriado volta, não quero mais rotinas. Conta comigo tá?

segunda-feira, 4 de junho de 2007

A manhã seguinte


Hoje eu acordei, olhei as coisas no meu quarto. A bagunça tradicional de quem não tem paciência para deixar tudo no lugar antes de dormir. Coloquei mais um agasalho. O frio que nem nos deixou voltou. Mas não sei por que não tem me afetado tanto. Tenho andado mais feliz. A casca oca da semana passada parece preenchida.

Hoje finalmente lavei minha jaqueta preferida. A velha companheira já merecia isso há algum tempo. Secou rápido. Eu não. Sigo como um vaso regado. A umidade do ar parece ter tirado a secura da tristeza que não se cura de uma hora para outra. Sigo com saudade da minha cidade umida. Lá provavelmente estão minhas maiores alegrias e minhas maiores angústias. O meu futuro não deve passar por lá. Só quando eu ficar bem velhinho. Ou quem sabe volte para lá em um ano. Previsões são tão acertadas quanto vencedor de clássico.

Amanhã terei meus compromissos. Hoje resta apenas tempo de ir ao banheiro e escutar calmas canções antes de dormir. Dormir é tão bom quando a cabeça está tranqüila. Não tenho preocupações.. Tenho muitos problemas. Preocupação é apenas a falsa esperança de que conseguiremos achar soluções milagrosas aos problemas. Tenho problemas. Preocupações não.

Na manhã seguinte ninguém sabe o que acontecerá. Então por que tantas preocupações hoje? Na manhã seguinte cada um terá seus compromissos. Uns acordam atrasados. Outros tranqüilamente atrasados. Outros acordam felizes pelo primeiro dia de aposentadoria. Outros nem acordam. Então pra quê preocupações? Pense apenas no agora sem deixar o amanhã escondido. Um hoje bem vivido resulta num amanhã bem resolvido. Então, por que preocupação??

sábado, 2 de junho de 2007

ANDANDO NO ESCURO


Eu já fui muito injusto nessa vida. Já julguei muita gente que não deveria. O cartaz na tuas costas só tu não enxerga. Eu também não enxergava o meu. Mas mesmo assim julgava as pessoas como não deveria ter feito. Fui injusto. Porém, acredito que até hoje não tenha sido tão injusto com alguém quanto eu fui comigo mesmo, e é por isso que eu estou aqui e agora para te dizer tudo isso.

Isso é coisa antiga? A recíproca é verdadeira? Eu errei? Tu errou? Tanto faz. A intenção aqui não é julgar ninguém. A intenção aqui não é me declarar para ninguém. A intenção é sim de não ser injusto comigo mesmo mais uma vez. A intenção aqui apenas é te colocar a par da situação. A situação no momento é o que eu sinto ou senti. A intenção não é te obrigar a tomar decisão nenhuma. Mas não é conversa sem propósito, não misture.

Se a perna tremia? Se eu era apaixonado? Se eu não sei o que amor? Esquece tudo isso. A verdade e a ilusão são como encarar o perigo ou colocar panos quentes no que queremos acreditar e não conseguimos. O sentimento não se descobre antes de se viver. Ou o que se vive não passa da epiderme. Tento chegar ao coração sempre. Por que isso faz com que eu saiba que eu tenho coração. Tudo é brincadeira, e tudo começou numa brincadeira. Posso cuidar do teu coração?

Se combinava? Se a gente combinava? Se o tempo passou? Não liga pra isso. Eu sempre tive medo do escuro. Mas nem por isso deixo de fazer nada por isso. É como eu me sinto. Um passo pro nada. Pode ter um buraco ou pode ter teu abraço. Pode não ter nada ou eu posso achar o interruptor, acender a luz e acabar com o esconde-esconde. Eu escondi. Tu escondeu. Desculpas para o tempo. E desculpa um para o outro, só o tempo responderá.

Se nossas armas são as mesmas? Se você gosta do que eu escrevo? Se eu estou aqui totalmente desarmado? Isso não vai mudar o que eu sinto. E tão pouco vai mudar o que a gente vive. Isso talvez me faça enxergar algumas verdades que eu escondia de baixo do travesseiro. Talvez nem mude nada. E com você tenho andado com a bandeira branca. O travesseiro. A cama. Eu não vejo quando apago a luz. O medo do escuro também não. Mas eu sigo andando nele, como quem não quer nada. Se vai ser verdade? Se foi só uma conversa? Se foi só massagem? Pouco importa. O importante é que não fomos injustos. O importante é que consegui dormir bem. E o que se diz agora mesmo? Prazer em te conhecer. Estava no script. Boa noite.